Queda livre

A classificação do New York Knicks parecia questão de tempo nos playoffs da NBA. O time da Big Apple abriu 3 a 0 na série melhor de sete com as mãos nas costas, vencendo o Boston Celtics inclusive no TD Garden. O cenário mudou em menos de uma semana. Foram duas derrotas seguidas, a última delas dentro do Madison Square Garden, nesta quarta-feira, por 98 a 86, e o tradicional time alviverde colocou um ponto de interrogação no destino do duelo. Se consolidar a reação ainda é uma missão indigesta, o que resta para o maior vencedor da liga norte-americana de basquete é pensar passo a passo. E o seguinte ocorre em seu jardim, na sexta-feira. Por enquanto, 3 a 2 para o Knicks.

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Dois ingredientes foram fundamentais para que o Boston voltasse a bater New York. Bastou Jeff Green (18 pontos) estar em seu dia de alta – é muito inconstante – e Kevin Garnett (16 pontos e 18 rebotes) decidir jogar um pouco do que sabe para o time render mais ofensivamente. Paul Pierce (16) sempre aparece para contribuir e Jason Terry (17) cresceu junto com os companheiros.

O outro ponto crucial foi usar a arma do Knicks contra ele mesmo: a precisão dos tiros de três pontos. Foram 11 cestas de longa distância em 22 tentativas (50%). Jason Terry fez cinco e Pierce, quatro. A sintonia dos visitantes estava tão boa que o técnico praticamente não rodou o time, usando somente dois dos oito reservas disponíveis – um deles, justamente Terry.

Pesou contra o Knicks a baixa produtividade da defesa, que permitiu o tiroteio de longa distância dos oponentes. A pontaria frouxa certamente não ajudou. Os tiros de três praticamente não caíram – apenas 5 de 22 (22,7%). Tampouco o aproveitamento geral dos arremessos esteve à altura da equipe – 39,5%, contra 45,7% do Celtics.

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Carmelo Anthony fez 22 pontos, apesar de errar todos os cinco arremessos de três pontos que tentou. Terminou a noite com 33,3% de aproveitamento. Raymond Felton marcou 21. Sem Anthony inspirado, o Knicks precisava trabalhar mais a bola, criar assistências. Não o fez. Insistiu em lances individuais e essa pobreza ofensiva custou caro. Boston teve 20 assistências; New York, 13.

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