O gol de bicicleta do atacante Roger, do Ceará, foi qualquer coisa. Os mais antigos diriam: “uma pintura”. Enfim, graças à jogada, sobrou quase nada para falar sobre a derrota do Coritiba.
Resultado à parte, o lance fez valer a pena o tempo gasto com a partida de Fortaleza. Já vi várias finalizações do mesmo tipo, mas essa foi especial. Teve a combinação perfeita. Merece uma placa no Estádio Presidente Vargas.
Para começar, o lançamento na medida do apoiador do Ceará era improvável. Mais improvável ainda seria o centroavante do time nordestino alcançar a bola, muito menos arriscar um arremate de costas. Depois, após encaixar a bike, Roger contou com a sorte.
Sorte, sim. Uma felicidade de ver Vanderlei tocar na bola, ela bater numa trave, cruzar toda a extensão da linha fatal, bater na outra tave e entrar lentamente. Plasticidade pura.
O golaço tem tudo para ser uma daquelas clássicas imagens para abertura de programas esportivos. Sem dúvida, foi um dos grandes momentos deste Brasileirão – para o azar do Coritiba. Repito, resultado à parte, imagens como esta fazem o futebol de verdade.
Sobre o resto do jogo, péssimas notícias para o Coxa – e também para o Atlético. Os cearenses se afastaram da ZR e o Alviverde segue com a sina de jogar mal fora de casa.
Mas a luta continua.