Entra presidente, sai presidente e o discurso não muda no Coritiba. Promessa de contratar grandes estrelas, time brigando por vaga em competição continental, futebol ofensivo e por aí vai.
O novo presidente, Renato Follador, não tem culpa pelo rebaixamento, que deve se concretizar em uma ou duas rodadas. Em tempos normais, Samir Namur teria passado o bastão já com o clube na Série B.
Mas Follador sabia disso quando assumiu. E mesmo assim, repete um discurso cansativo para o torcedor, que ainda é motivo de chacota para o rival. Em entrevista ao UmDois nesta semana, manteve o discurso de contratar estrelas, que todos os reforços vão chegar após análise minuciosa. O mesmo papo de sempre. Fora da realidade.
Agora, quem seriam essas “estrelas”? Algum veterano quarentão que fez sucesso na década passada? Nem os maiores clubes do Brasil contratam estrelas. Por que o Coxa, que vive situação financeira delicada há tempos, e vai disputar a terceira Segundona em quatro anos, seria diferente?
Qual é o problema em jogar a real para a torcida? O torcedor não vê um time bom do Coritiba há anos. Ele só quer uma equipe competitiva que não passe vergonha na Série A.
E o disco no Alto da Glória não vira. Bacellar e seu time que “brigaria por Libertadores”, caiu para Série B. Samir e seu reforço “para buscar no aeroporto”, caiu para a Série B.
Não existe demérito em falar a realidade, pelo contrário. É uma questão de respeito com o torcedor coxa-branca.