Por que o Paraná tem tudo, enfim, para voltar à elite

Jogadores do Paraná comemoram com a torcida após vitória contra o CRB. Foto de Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Embora restem ainda 20 jogos para acabar a Série B, a torcida do Paraná já começa a sonhar com o sonhado acesso. Motivos não faltam para tanta fé, mesmo com o time na 7ª posição (a 1 ponto do G4) e só agora esboçando uma arrancada. Confira:

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TABELA: jogos e classificação da Série B

Comando do futebol

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Executivo de futebol Rodrigo Pastana.

Com a contratação do gerente Rodrigo Pastana o Paraná abandonou a ideia que ‘gente do clube’ é a melhor saída para comandar o futebol. As experiências com dirigentes estatutários e até com ex-jogadores tende a criar uma relação passional, não adequada para o ambiente de vestiário. Além disso, é preciso ter um bom relacionamento de mercado para acertar com bons jogadores. Pastana trouxe os três técnicos da temporada e indicou grande parte dos jogadores.

Folha de pagamento

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A prática intensificada dentro do clube de pagar pouco, mas em dia, falhou em 2016. O clube cortou ainda mais a pequena folha de pagamento. É o caminho. Apenas com salário em dia e premiações pontuais será possível conseguir alguma façanha este ano.

Homem-gol

Alemão fez quatro gols pela camisa paranista.

Existe um tripé para subir: salário em dia, torcida no estádio e um matador em campo. Poucas equipes conseguiram o acesso sem uma dessas pontas. Com Alemão desencantando, o Paraná começa a vislumbrar, enfim, um homem-gol – mesmo que sem muita habilidade. O Tricolor tem o segundo melhor ataque da Segundona, com 25 gols anotados, atrás apenas do Londrina, 28.

Juventude

Uma aposta chama atenção: jogadores jovens, mas com alguma rodagem. Parece que o clube conseguiu uniformizar o discurso: ‘venha ter uma nova chance aqui’. Destaques como Richard, Maidana, Renatinho e Eduardo Brock passaram por vários clubes, embora não sejam veteranos. A média de idade do elenco é 23 anos.

Sinergia

Lisca comemora com a torcida.

Embora a torcida do Paraná ainda esteja tímida na Vila Capanema, exceção aos jogos com promoção, visível existir uma sinergia forte entre jogadores e a arquibancada. Ao final das partidas, mesmo sem necessidade aparente, como foi contra o CRB, os atletas e jogadores se unem para celebrar as vitórias.

Técnico matreiro

O discurso de Lisca veio na hora certa para o Paraná, um vestiário cada vez mais caído na era Cristian de Souza. Além da vasta experiência em Série B, o treinador parece conhecer os anseios da torcida e se aproxima dos paranistas a cada entrevista.

 

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