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Paixão eterna

Por
Redação
11/06/2009 04:00 - Atualizado: 27/09/2023 16:22
Paixão eterna
Do Flickr de kiki1944
Do Flickr de kiki1944

Amigos blogueiros, recomendo a todos a leitura do G Ideias deste sábado, sobre a paixão despertada pelo futebol. Material quase todo escrito pelo excelente Cristiano Castilho, com uma pequena colaboração deste jornalista que vos aporrinha diariamente.

Conversei com um atleticano, um coxa-branca e um paranista conhecidos, para que eles contassem como nasceu a paixão pelos seus clubes. Como hoje é dia dos namorados, adianto um pouco da história desses casos de amor.

Já fiz a matéria lá para o G, então coloco aqui as declarações dos entrevistados sobre seus times, na ordem em que falei com cada um deles. Espero que gostem. Ah, a imagem ao lado é de um jogo na Argentina no século passado.

Cristóvão Tezza, escritor.

“Me tornei atleticano no final dos anos 60, por influência de amigos do Colégio Estadual do Paraná. Sempre mantive atenção pelo clube, mas no começo não era uma paixão”

“Lembro do Assis e do Washington nos anos 80, do jogo histórico com o Flamengo. Acompanhei pelo rádio”

“Depois dos anos 80, com o nascimento do meu filho, que é portador de Síndrome de Down, passei a acompanhar mais de perto. Torcer pelo Atlético tornou-se um fator socializante para o Felipe e que acabou me levando junto. Hoje sou mais um fanático pelo Atlético”

“Acompanho como torcedor e estudioso. É impressionante a coesão social promovida pelo futebol, um fenômeno cultural fantástico e misterioso que toca todo o mundo. Só não nos Estados Unidos”

“Me controlo, senão falo exclusivamente do Atlético nas crônicas”

“É o meu lado irracional. Quando começo a falar de futebol eu sou um perigo”

Ernani Buchmann, publicitário.

“Meu pai torcia pelo Fluminense e naturalmente tinha uma implicância com o Flamengo. Não havia condescendência com rubro-negros em casa, então automoticamente descartei o Atlético. O Coritiba tinha a torcida muito consolidada dentro do espectro social de alemães e italianos, sendo que o Ferroviário foi uma saída natural”

“Tinha o melhor estádio. A Baixada era acanhada, o Couto, na época Belfort Duarte, era todo de madeira. A Vila havia sido sede de Copa do Mundo, uma coisa meio mitológica”

“Comecei minha carreira como repórter esportivo cobrindo o Água Verde, que logo mudou para Pinheiros. Na mesma época, houve a fusão entre Ferroviário, Britânia e Palestra, resultando no Colorado. Todos os ferroviários, em regra, viraram Colorado, mas surgiu um problema. O Colorado decidia todos os campeonatos. E perdia todos para o Coritiba. Meu pai mesmo virou simpatizante do Coritiba”

“Depois virei dirigente do Colorado e como vice-presidente participei ativamente da fusão com o Pinheiros. Foi uma sequência natural das coisas, mas por uma imposição coronariana não havia como torcer por Coritiba e Atlético”

Meu primeiro jogo no estádio foi na metade dos anos 50, Ferroviário x Caramuru de Castro. Achei tudo muito bacana, mas acabei prestando mais atenção no ambiente, na torcida. Aquelas pessoas dizendo que o Izauldo (atacante da época) não podia jogar ou irritadas com o Afinho (ídolo tricolor nos anos 50) porque ele tinha ido jogar no Atlético”

“E hoje, veja só, temos um ex-presidente do Paraná indo ser dirigente do Atlético. Prova de como as coisas eram inocentes naquela época”

Gustavo Fruet, deputado federal.

“É o meio. Influência paterna. Meu bisavô, Constante Fruet, foi presidente do Coritiba em 1916, ano do primeiro título estadual. Meu avô, Abílio Fruet, defendeu o time nos anos 40. E meu pai, Maurício, foi cronista esportivo.”

“Peguei um período de muitos títulos. Tenho guardado até hoje, fazi o diário dos jogos, com anotações e o ingresso”

“Na escola mexia muito o fato de ser coxa-branca. Fazíamos Atletiba todo dia depois da aula”

“Invadi o campo e peguei um pedaço da rede do Maracanã. No dia seguinto ao jogo (1º de agosto), seria inaugurada a primeira agência do Citibank em Curitiba. Meu pai e eu estávamos no trio elétrico que seguia o caminhão dos bombeiros com o time. A carreata parou ao lado da agência, meu pai fez a inauguração e seguimos para o estádio”

“Assisti no estádio às finais do Paranaense de 77. Perdemos para o Grêmio Maringá lá e empatamos no Couto por 1 a 1, o Aladim perdeu um pênalti. Outro dia encontrei o Aladim e falei: ‘Pôxa, Aladim, você traumatizou uma criança’. Teríamos sido heptacampeões”

“Sempre trago um monte de caneta e chaveiro para Brasília e distribuo. Entreguei um até para o Rafael Cortez, do CQC, que veio me entrevistar sobre a gripe suína, ficamos uns cinco minutos falando de futebol. As pessoas me identificam como coxa-branca, talvez seja o único na Câmara”

“Trago para o meu dia a dia a passionalidade do torcedor, aquilo de fazer tudo com mais emoção”

“E os meus três sobrinhos, veja só, são todos atleticanos”

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