Obina é melhor que Eto´o. E Ariel, é melhor que Obina?

Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
O carismático Ariel chama na chincha o marrento Diguinho, do Flu: argentino já conquistou os torcedores do Coritiba com sua raça; falta cativá-los com gols.

Ivo definiu as duas últimas vagas do time do Coritiba para estreia: Vanderlei no gol; Ariel no comando do ataque.

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De Vanderlei, nada a contestar. Fez grande papel ano passado, será um goleiro completo em pouco tempo, mas pareceu no amistoso mais fora de sintonia do que Édson Bastos. Como Ivo vê os dois treinarem diariamente, sua opinião é muito mais embasada que a minha.

De Ariel, alguns comentários.

A torcida adora o Ariel. Ele pega na bola e o povão aplaude. Contra o Flu, a explosão de um gol foi reproduzida quando, logo no primeiro lance, Ariel deu uma trombada e acabou se desentendendo com Diguinho.

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E é muito por causa dessa vontade que o argentino conquistou os torcedores. Ele é o contraponto a Keirrison, quase sempre alheio ao jogo, embora letal quando resolve pegar na bola. Ariel está sempre pedindo bola, dá carrinho, tromba, tenta a letra de primeira, é desengonçado. Difícil não gostar do cara.

Como também tem sido difícil comemorar um gol dele. Em seis meses de Coritiba Ariel balançou a rede três vezes. Incendiou mesmo a torcida no Atletiba, ao empatar o jogo e, como bônus, nocautear Galatto. Depois, fez o de honra contra o Grêmio e ajudou a massacrar o Santos.

Sua performance é incrementada pelos gols que ele ajudou a fazer, como contra o Fluminense, no Rio, tirando dois zagueiros para Keirrison marcar; ou contra o Inter, no Couto, deixando o K9 na cara de Clêmer. Participações importantes, mas ainda assim pouco para quem custou tanto e de quem se espera tanto.

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Se continuar se agarrando apenas na raça, Ariel logo será uma versão coxa-branca de Obina – um atacante que, de tão folclórico e caricato, fez a torcida flamenguista gritar que ele é melhor que o Eto’o. A diferença é que Obina começou a fazer gols decisivos. E Ariel, quando começará a fazer os seus?

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Enquanto escrevo, divido a atenção com uma cumbuca e miojo e a tevê, onde assisto ao Bate-Bola, da ESPN Brasil. No canal, Pedrão, atacante do Barueri que marcou dois contra o Corinthians, explica que não se chama Pedro. Ele diz que, quando era criança, foi atropelado pelo caminhão de gás de uma tal Distribuidora Pedrão. O apelido pegou, entrou no gramado. É por esse tipo de história que futebol é o maior barato.

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