O mérito de Cavalo

Uma das coisas mais difíceis no mundo do futebol é um treinador admitir um erro. Pois o técnico do Paraná, Roberto Cavalo, não só admitiu ter feito a opção errada na sua reestreia à frente do Tricolor, no empate em 0 a 0 com o Icasa, há cerca de um mês, como voltou atrás. Deixou para lá a ideia de pôr o time para jogar no 4-3-3 e voltou ao 3-5-2 com o qual a equipe jogou toda a Série B desse ano, ainda sob o comando de Marcelo Oliveira.

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A atitude humilde deu certo. Conforme a reportagem a ser publicada nessa sexta-feira (29) no caderno de Esportes da Gazeta do Povo, a opção de Cavalo em manter o 3-5-2 foi acertada.

Primeiro, como ele percebeu já no primeiro tempo com o Icasa, a equipe não renderia no novo sistema tático. Segundo, porque ele mesmo se deu conta, talvez a partir de uma conversa com o elenco, de que pelas qualidades individuais dos jogadores o melhor realmente seria manter o 3-5-2.

Um detalhe que o torcedor não sabe é que essa decisão foi tomada contra o próprio gosto de Cavalo, que não escondeu da imprensa que sempre preferiu suas equipes montadas com dois zagueiros, ao invés de três. O que confirma a inteligência do treinador

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Para reforçar ainda mais os méritos de Roberto Cavalo nessas três vitórias e dois empates até aqui no Brasileirão, a grande sacada dele não foi apenas manter o sistema com o qual o time estava acostumado. E sim mantê-lo e melhorá-lo, optando por marcação por zona, com pegada forte. Sem se esquecer, é claro, das saídas rápidas e fulminantes para o contra-ataque – tal e qual um coice de cavalo, que ninguém nunca espera.

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