O chute perfeito de canhota que transformou o futebol paranaense

Paraná Clube, campeão de 1991, Couto Pereira

Couto Pereira, domingo de sol, última rodada de um Campeonato Paranaense de pontos corridos. Competição árdua, sem fim, era ápice dos estaduais. O Paraná, com apenas dois anos de existência, decidia o título em partida contra o Coritiba.

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Era 8 de dezembro de 1991, 25 anos atrás.

O Coxa cumpria tabela, mas não queria (sabe lá o porquê) ver o Tricolor campeão. Vencia o jogo por 1 a 0; o Atlético batia o Londrina. A combinação de resultados obrigava um jogo extra entre paranistas e atleticanos. Diante do trauma de ser filho do Colorado, era tudo que os tricolores não queriam.

Mas aí o clube nasceu, o fim do parto veio com um chute perfeito de canhota.O jogador mais improvável de um time empolgante fez história. Foi merecido para Ednélson, prata da casa de pouca empatia da torcida, um coadjuvante ao lado de Saulo, Adoílson, Carlinhos, Serginho…. O camisa 6 entrou pela esquerda e fuzilou Luiz Henrique: 1 a 1.

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Paraná campeão.

Aquele gol, seguido de uma emocionante invasão no gramado, transformou o futebol paranaense. Coritiba e Atlético demoraram para perceber isso.

“Serginho vai para o meio para receber a bola. Abre espaço. O lateral tenta acompanhar e eu passo. O Serginho faz um passe preciso. Domino com a esquerda já para finalizar. E chuto, na diagonal, para o gol de Luiz Henrique. Gol, gol!! Aí foi só alegria e correr para a torcida”, descreveu Ednélson à Gazeta do Povo

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A narração de Lombardi Junior, um clássico do rádio brasileiro, traduz a emoção (ouça abaixo).

Veja o gol

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