Mudança de planos

Luiz Augusto Xavier

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Realmente o árbitro deu uma atrapalhada. Teve pelo menos um pênalti claro (em Alex Alves) para o Paraná Clube. Mas, independente disso, dessa vez o time não foi tão bem e o empate contra o Avaí não pode ser desconsiderado como consequência natural do que houve em campo.

Claro que a vitória daria um novo foco ao que vem pela frente, com a aproximação em pontos dos primeiros colocados na classificação. Mas o time está crescendo, pisando em terra firme, sem atropelos nem precipitações. E pode muito bem estabilizar a campanha ainda nessas rodadas restantes para o término do primeiro turno, aí com fôlego suficiente para jogar o segundo pensando grande.

Subir à Primeira Divisão brasileira estava fora dos planos dos tricolores. Ou não? É só dar uma recuperada em declarações de jogadores, treinador, dirigentes e (inclusive) torcedores sobre as prioridades desse ano que começou tão mal, na ressaca de um rebaixamento de Campeonato Estadual. Subir no paranaense era obrigação e o que viesse pela frente em Copa do Brasil e Série B nacional seria bem recebido. Alguns mais sofridos e pessimistas torciam para o time não ter de brigar para sair de um rebolo rumo à Terceira Divisão.

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O Paraná Clube está no rumo certo. Não se conserta uma situação tão difícil apenas com alguns passes de mágica. Ponderado e sereno, o técnico Ricardinho teve de sair de um zero total para conseguir montar um grupo de jogadores focados nas metas traçadas a curto prazo. Uma delas de cada vez.

E, até mesmo por isso, circular entre os quatro primeiros colocados já não está mais fora de questão. O rendimento do time ainda não chegou a esse ponto, mas Ricardinho certamente saberá lapidar o que de pouco ainda resta para tal feito.

Trancos e barrancos

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Bem ou mal, o Atlético conseguiu vencer mais uma fora de casa. Enfrentou diversas dificuldades, da falta de técnica ou de pontaria de seus atacantes aos buracos do gramado em Guaratinguetá. Mas, em compensação, também foi beneficiado por erros de terceiros, o que não vinha ocorrendo. Do goleiro adversário, que levou um frango por debaixo das pernas, ao árbitro do jogo, que conseguiu não ver o mergulho de Maranhão para tirar uma bola com a mão lá dentro da área.

O problema do Atlético é a pressa. A diretoria teve seis meses para tratar do time e só decidiu agir no sétimo, atropelando as contratações. O resultado é a total falta de entrosamento entre suas peças, pois o jogador chega na quinta, é registrado na sexta e estreia no sábado. Alguns dos que estão chegando são muito bons. Resta saber se haverá tempo de formar um time e não apenas o apanhado geral que o afogadilho força a existir. É que lá na ponta de cima os primeiros já estão se distanciando.

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