Maracanã vazio revolta narrador da Globo: “Intolerância, incompetência”

Luís Roberto, da Globo, desabafa antes da final da Taça Guanabara entre Vasco e Fluminense.

O narrador Luís Roberto, da Rede Globo, desabafou sobre a confusão na partida entre Vasco e Fluminense pela final da Taça Guanabara.  O Vasco levou a melhor dentro de campo e faturou o título, ao derrotar o Fluminense por 1 a 0. O herói foi o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, com um gol de falta aos 35 minutos da segunda etapa.

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A ação policial resultou em pelo menos 29 feridos.

Tendo como cenário o Maracanã vazio, o jornalista lembrou recente tragédia no CT do Ninho do Urubu, a relação fraterna entre os clubes e que tudo virou pó rapidamente.

“Lamentavelmente, depois de uma semana em que tivemos dezenas de manifestações de solidariedade. Essa empatia com o público parece ter crescido depois da tragédia no Ninho do Urubu com Vasco, Fluminense, Botafogo […] demonstrando seu carinho… Mas essa empatia, cá entre nós, ficou pelo caminho”, declarou.

Luis Roberto define o domingo no Rio: “Esse Maracanã vazio num dia de final da Taça Guanabara não é apenas prova de incompetência e intolerância, é um retrato do estágio do futebol profissional do estado do Rio de Janeiro” https://t.co/Pu6gR6k0Rw pic.twitter.com/m3A6Kxeg68

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— globoesportecom (@globoesportecom) 17 de fevereiro de 2019


Antes de a bola rolar entre Fluminense e Vasco, a final da Taça Guanabara – o primeiro turno do Campeonato Carioca – no Maracanã foi marcada por uma grande confusão do lado de fora do estádio na tarde deste domingo (17). Decisão do Juizado Especial Criminal (Jecrim) na noite de sábado (16) determinou que a final fosse disputada com portões fechados. Entretanto, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, decidiu peitar a decisão judicial e anunciou que abriria os portões do Maracanã aos torcedores, independente da multa de R$ 500 mil.

Com isso, vários torcedores do Vasco foram ao Maracanã para ver a decisão. Faltando duas horas para a partida, contudo, o Vasco assumiu o risco de pagar uma multa de R$ 500 mil após reunião na Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) e bancou a realização da partida com as torcidas presentes.

“Torcedores vascaínos derrubaram a barreira montada pela Polícia Militar (PM) para tentar invadir o Maracanã. Em reação, a PM partiu para cima da torcida com a cavalaria, tiros de balas de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral. Muitos torcedores, inclusive mulheres, firam feridos. Garrafas e pedras foram atiradas em direção aos policiais.

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Ao chegar ao estádio, os torcedores encontraram os portões fechados por uma decisão do Jecrim. A poucos minutos do início do jogo, a Justiça determinou de maneira definitiva a realização com portões fechados.

As bombas eram ouvidas de dentro do estádio do Maracanã, que acompanhava um Vasco e Fluminense sem torcedores.

Em entrevista ao SporTV, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, já dizia temer por violência caso o jogo fosse realizado sem torcida. “O que nós temos visto é um Maracanã com número enorme de torcedores em fila esperando a entrada e isso (portões) não foi aberto. Temo que isso seja um estopim para um acontecimento bastante desagradável, com violência, tudo mais”.

Para evitar maiores confusões, a PM liberou o acesso da torcida do Vasco ao estádio às 17h37, já no fim do primeiro tempo. A decisão de liberar os portões após a confusão foi da Justiça.

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