Luxemburgo diz ser de esquerda e dispara contra Moro: “ele rasgou a Constituição”

Vanderlei Luxemburgo falou sobre política em entrevista ao Correio Braziliense. (Foto: Gilvan de Souza)

O técnico Vanderlei Luxemburgo, atualmente sem clube, virou figurinha carimbada nos programas esportivos nas últimas semanas. No último domingo (4), o jornal Correio Braziliense publicou uma longa entrevista com o treinador, na qual ele fala sobre a carreira, futebol, mas trata também bastante de política. Em uma das respostas mais contundentes, ele criticou o juiz federal Sergio Moro.

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Luxa não ficou em cima do muro ao ser questionado sobre o atual momento do país. “Vivemos um momento ditatorial sem ser ditadura. É a ditadura do Poder Judiciário, político, da imprensa. Quem tem poder está usando em benefício próprio”, falou.

O técnico ainda afirmou não concordar com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Estamos em um processo democrático. Nesse sistema, só se tira no voto, não na marra. Somos um país democrático embrionário. Não digo que houve golpe, mas tiveram interesses”, opinou.

Questionado sobre a Operação Lava-Jato, Luxemburgo disparou contra Sergio Moro.

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“Aí não é questão de esquerda ou de direita. Falei do Collor e da Dilma. O país perdeu com isso. O Moro pegou a Constituição e rasgou. Grampo do presidente da República [conversa entre Dilma e Lula]!”, criticou.

Luxemburgo se classifica como uma pessoa de esquerda, posicionamento que vem de família, segundo ele. “O meu avô foi do Sindicato dos Ferroviários do Rio. Era foragido e foi morar no Rio, onde eu nasci. Ele foi perseguido na época da ditadura. Meu pai era gráfico, brigava contra a ditadura e também foi foragido. Meu sobrenome é inspirado na Condessa Rosa Luxemburgo, que era polonesa. Inspirado em pessoas de esquerda. Meu avô era pobre, torneiro mecânico, mas era culto. A minha resiliência nasceu da luta da minha  família. Eu me tornei um homem de esquerda. Fui presidente de diretório acadêmico, briguei contra o processo ditatorial”, contou.

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