Durante o julgamento que negou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quarta-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, citou o ex-jogador e atual comentarista esportivo da Fox, Edmundo, como um exemplo da impunidade no país.
Em 1995, quando defendia o Flamengo, Edmundo se envolveu em um acidente automobilístico que causou a morte de três pessoas no Rio de Janeiro. A polícia concluiu que o jogador estava em alta velocidade e embriagado.
Condenado em 1999 a quatro anos e meio de prisão por homicídio culposo, Edmundo recorreu inúmeras vezes da sentença. Em 2011, o ministro Joaquim Barbosa declarou a prescrição da pena.
“O caso do jogador de futebol, em dezembro de 1995, um conhecido jogador de futebol, saindo da balada, embriagado, dirigindo seu carro importado, provocou o acidente e a morte de três pessoas. Foi condenado em outubro de 99 a uma pena de quatro anos e meio deprisão. Homicídio culposo, pena relativamente modesta pela morte de três pessoas”, citou Barroso.
“Seus advogados entraram com nada menos do que 21 recursos apenas no STJ. E outros tantos no supremo. Em 2011, o ministro Joaquim Barbosa declarou a prescrição da pena. O caso até voltou pra mim, não concordei e a questão aguarda pauta para plenário. Mas as famílias das três vítimas podem assistir sem grande dificuldade pela televisão o jogador fazendo os comentários nos jogos de futebol. Portanto, além da perda, tem que conviver com o sofrimento da mais absoluta impunidade”, fechou.
Confira o momento em que Barroso relembra o caso.
Ministro Barroso critica prescrições criminais e lembra famoso caso do comentarista e ex-jogador Edmundo, condenado em 1999 por acidente que deixou três mortos em 1995. pic.twitter.com/VhiWvwyaMl
— Notavel (@notavel) 5 de abril de 2018