Nenhum outro jogador em atividade merece tanto carinho por parte de uma torcida como Keirrison no Coritiba. Nenhuma outra história no mundo do futebol se entrelaça tão fortemente. A trajetória do K9 é um raro mix de vida pessoal e profissional.
Para quem não concorda, critica o jogador por entrar na Justiça do Trabalho contra o clube, fica a dica de ver a excelente entrevista dada pelo jogador a repórter Nadja Mauad, da RPC.
Ao lembrar da morte do filho (Henri Lucas Buss Carneiro, aos 2 anos, por conta de um problema respiratório), o centroavante chora e mistura um sentimento pessoal dos mais doloridos (talvez o mais) com o agradecimento ao Coxa, pela força e abraço no momento difícil.
“É difícil falar às vezes. Eu recebi mensagens de várias pessoas que torcem por mim, que tem filhos, e sabem que é difícil. Deus e essas pessoas têm me ajudado. É uma forma de agradecer a torcida do Coritiba, eles continuam mandando mensagens de apoio. Eu queria estar junto com eles. Vou fazer o meu máximo para agradecer, trabalhando e reencontrar os meus amigos de volta.”
Toda a trajetória do K9 é digna de um carinho incondicional da torcida alviverde por ele. Keirrison foi criado no Coritiba, conheceu a mulher no clube, foi artilheiro, rendeu dinheiro, sofreu com lesões, voltou ao Alto da Glória, perdeu o filho de forma inesperada, saiu, voltou…
Keirrison é o reflexo dos altos e baixos da vida de qualquer um, mas encarnado em verde e branco. O torcedor coxa-branca faz bem em abraçá-lo.
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