O Superior Tribunal de Justiça Desportiva não tolera cusparada. Pune mesmo. Considera até mais grave que racismo, por exemplo. Kléber cometeu esse lamentável e desrespeitoso ato em um jogo de futebol e pagou por isso (15 jogos de suspensão). Desde 2009 a ação foi tipificada no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o Código Penal do esporte, e alguns exemplos mostram o tamanho do gancho.
O que diz a lei
1) Willians, do América-MG, em 2013
O jogador deu uma cusparada no rosto do centroavante do Palmeiras da época, Alan Kardec. O meia-atacante, que já passou pelo clube paulista, foi punido com seis jogos, pena mínima para o ocorrido.
2) Danilo, Palmeiras, 2010
O zagueiro Danilo foi incluso no artigos 254-b (cuspir em outrem) e artigo 243-g (pratica de ato discriminatório, relacionado a preconceito por razão de cor). No entendimento da comissão, apesar da gravidade desses atos, Danilo foi punido com a pena mínima. Seis jogos por cuspir no adversário e cinco por ofender Manoel de macaco.
3) Hugo, São Paulo, 2007 (antes da lei)
O meia Hugo pegou 120 dias e dois jogos de suspensão por cuspir no paranista Goiano. Na goleada por 6 a 0 sobre o Paraná, ele foi flagrado por câmeras de televisão dando uma cusparada em Goiano. Pegou 120 dias de suspensão, mas a pena máxima era de 540.
4) Falcão, do futsal, em 2015
Astro do futsal, o jogador Falcão foi punido com seis jogos de suspensão pela Segunda Comissão Disciplinar da Liga Nacional de Futsal (LNF) por ter cuspido em torcedores do Carlos Barbosa durante a semifinal da Liga Futsal de 2015. Ao pegar uma bola perto da torcida, o jogador aproveitou para cuspir nos presentes. Ele foi enquadrado no artigo 245-B do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que fala especificamente sobre a cusparada.
5) Edson, do Bahia, em 2017
O volante foi condenado a seis jogos de suspensão pela expulsão na partida contra o Coritiba, no dia 15 deste mês, quando se envolveu justamente em uma confusão com o atacante Kleber. O atleta tricolor cuspiu em no atacante do Coritiba.
