Ídolos são eternos

Todo o fã de futebol deveria dispor cinco minutos do seu sábado para ler a matéria de capa do caderno de Esportes deste sábado. Um emocionante depoimento de Nílson Borges à repórter Ana Luzia Mikos sobre a sua saída do Atlético.

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O Bocão chegou à Baixada em 1968, ano em que o clube fechou uma década sem título estadual. O jejum acabou dois anos depois, muito graças ao ponta-esquerda de boa visão de jogo e de chute potente. Foi o único título de Nílson no Atlético, pouco para o protagonista de uma das mais belas trajetórias da história do clube.

Difícil medir agora a eficiência da limpa no departamento de futebol atleticano. Só o tempo vai dizer se o clube está certo. Por enquanto, a medida é antipática. Não só com Nílson, mas também com Carletto, ou como a retirada do massagista Bolinha do banco de reservas.

Também não é uma medida isolada. Empresas de vários ramos têm trocado seus funcionários mais antigos. Ou porque são caros, ou porque são obsoletos, ou simplesmente por serem antigos.

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Não imagino que Nílson seja caro. Também não é obsoleto, como comprovaram suas observações dos adversários do Furacão na campanha do título nacional de 2001. E sua experiência é, certamente, um bem precioso para o clube.

Talvez fosse o caso de olhar um pouco para o rival. Com uma trajetória similar a de Nílson Borges, Dirceu Krüger foi gradativamente se afastando das atividades de campo do Coritiba.

Hoje é coordenador das categorias de base, com participação ativa na formação de jogadores. Mesmo que Krüger fosse uma figura decorativa – o que não é -, já teria uma enorme utilidade servindo de exemplo para a molecada que está começando. Um exemplo que o Bocão sempre foi dentro do Atlético.

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Historicamente, essa direção do Atlético costuma ser justa no acerto com seus ex-funcionários. Diversos profissionais que saíram recentemente da Baixada são gratos ao clube por terem lhe dado mais do que a lei determina. Com Nílson não deve ser diferente. Um divórcio digno e amigável.

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O que o Atlético ganha de bom ao negar o credenciamento à rádio Transamérica para o jogo contra o Rio Branco?

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