Salve, salve amigos e amigas internautas. Após dez dias em que só usei o computador para desenhar rotas no Google Maps, estou de volta para mais um ano de muita bola rolando. Aliás, um ótimo 2009 a todos. Que o ano de todos seja repleto de conquistas e aprendizado nas áreas pessoal, profissional e esportiva.
Pré-temporada
E o ano começa para valer hoje para os nossos grandes. O Paraná, é verdade, apresentou-se na sexta. Mas primeira semana de verdade, somente essa que começa hoje.
Coritiba em vantagem
Marcos Aurélio: 2008 sem gol no Japão.
Teoricamente, o Coritiba sai na frente em 2009. Porque terminou melhor o ano passado. E porque fez as melhores contratações. Tanto no conjunto como individualmente.
No papel, Marcos Aurélio é o melhor reforço dos nossos clubes até aqui. Rápido e goleador, tem estilo muito próximo ao de Keirrison. Tem tudo para formar uma dupla de respeito com o K9 e substituí-lo à altura a partir de maio.
O problema é que Marcos Aurélio vem de um ano de cão no futebol japonès. Para se ter uma ideia, seu último jogo completo foi em 27 de outubro de 2007, Santos 3 x 0 Goiás, pelo Brasileiro.
No Japão, Marcos Aurélio só foi titular em cinco jogos do Shimizu (somando J-League e Copa Nabisco). E acabou substituído em todos. Em outros 8 entrou durante a partida. E o que é pior. Não fez um mísero gol. Números pífios para uma temporada de 45 jogos, somando as duas competições.
Apesar de ter trazido o bom e experiente Pereira e apostar na recuperação de Dinélson e Pedro Ken, penso que o Coxa ainda precisa de mais um zagueiro e um armador para fecar o elenco.
Cambalhota san
Marquinhos: a cambalhota continua a mesma, mas os cabelos…
Se Marcos Aurélio não balançou a rede no Japão, quem barbarizou por lá foi Marquinhos Cambalhota, atacante coxa-branca entre 2000 e 2001. Ele foi campeão, artilheiro (21 gols) e melhor jogador da J-League pelo Kashima Antlers. O cabelo comprido até me fez checar a ficha dele para ver se era o Marquinhos mesmo.
Não tem preço
E Ricardinho troca o Coritiba pelo futebol sueco. Proposta irrecusável, dizem. Discordo. Não há dinheiro no mundo que compense saltar no precipício que é o futebol sueco. Ricardinho está jogando a carreira no lixo justo no melhor momento.
Amnésia coletiva
Parece que a reluzente vitória por 5 a 3 sobre o Flamengo, na rodada final do Brasileiro, provocou uma amnésia coletiva na Baixada. Esqueceu-se da fragilidade do elenco que fez o Atlético passar o campeonato inteiro sob a sombra do rebaixamento.
O elenco do Atlético era inchado e fraco. Alguns foram dispensados, desinchou um pouco (ainda tem muita gordura lá dentro). Mas a fragilidade técnica continua.
O único reforço, Jorge Preá, teve apenas um momento digno de nota no Palmeiras, o gol no fim do clássico com a Portuguesa. Estava até a caminho do Mogi-Mirim. Sua contratação soa como insulto a uma torcida que viu seu time fechar várias rodadas como o pior ataque do Nacional.
França na Baixada
França: mortal na Alemanha, econômico no Japão.
Marcos Malucelli diz ter entrado em contato com França. Este, sim, seria uma contratação de verdade. Seu contrato com o Kashiwa Reysol venceu agora, ele está livre para negociar.
Mas tem o mesmo problema de Marcos Aurélio. Sua passagem pelo Japão não é das melhores. Em três anos e meio, França jogou 75 vezes no campeonato japonês (47 na J-1 e 28 na J-2) e marcou 16 gols. Na J-League de 2008, foram 4 gols em 19 jogos. Números modestos para quem fez tantos gols no São Paulo e na Alemanha.
Se vier, é bom que o torcedor não crie a ilusão de estar recebendo um jogador no auge. Mas sim um atleta em busca de um último fôlego para a carreira.
O Paraná do Comelli
O Paraná precisa que as apostas de Comelli deem certo.
Ninguém contratou tanto na capital como o Paraná. Normal para um time que quase foi parar na Série C e usou mais de 70 atletas durante o ano passado.
Já escrevi aqui anteriormente que, deste pacote, só conheço Hernani, Wando e Abuda. É preciso de tempo para tirar alguma conclusão. Mas espero que dê certo. Afinal, se não der, é possível que o Comelli vá embora. E aí como ficará o Paraná com o time do Comelli nas mãos de outro treinador?
Copinha
Começo ruim dos nossos na Copinha. Londrina e Paraná perderam, o Atlético empatou com o Porto, que até outro dia (literalmente) era sua filial, mas teve a parceria desfeita porque não forneceu jogador ao Atlético que desse certo. Hoje tem Coritiba x Ponte Preta, com Sportv. Pela primeira impressão, parece que o nosso papel no sub-20 será o mesmo do profissional: coadjuvante.