Estreia dá esperança e mostra deficiências no Coritiba

Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Rafinha comemora o primeiro gol do Coritiba no Estadual, contra o Serrano, na Vila Capanema.

A primeira impressão do Coritiba em 2010 foi animadora no setor ofensivo. Mesmo descontando a fragilidade latente do Serrano, Rafinha e Enrico deram um perfil diferente ao setor, bem mais ágil e veloz que a lentidão autossuficiente dos Paraíbas – que jogavam como se pudessem decidir o jogo a qualquer instante.

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Marcos Aurélio e Ariel se beneficiaram dessa mudança. A bola chegou mais nos seus pés, o time finalizou mais.

Aliás, esse número bom de finalizações deixou claro um desafio de Ney Franco. Rafinha, Ariel e Marcos Aurélio, sabidamente, perdem muitos gols. Enrico merece melhor observação, mas também falhou no arremate. Em jogos mais difíceis, essa pontaria imprecisa vai fazer falta.

Outro deficiência é lá atrás, no miolo de zaga. Deveriam aproveitar a discussão estatutária e incluir, como norma do clube, a proibição a Pereira e Jéci formarem a dupla de zaga. Os dois são muito lentos, não há segurança com eles em campo. Um zagueiro rápido tem de chegar com urgência ao Couto.

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Edson Bastos, não Vanderlei. Gostei da mudança no gol. EB tem mais liderança, fala mais, foi fundamental no acesso de 2007. Vanderlei é a cara do Coritiba que caiu. Muito talento às vezes sufocado por uma autossuficiência irritante. Que seja feliz no São Paulo ou para onde for. A grana da negociação será bem-vinda.

Vi o jogo pela tevê, logo não tenho muita referência do comportamento da torcida. Só sei que estava difícil ouvir algum grito de incentivo. É bom a moçada tirar a bundinha do concreto, abrir a boca e soltar o grito. O time vai precisar desse incentivo.

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