A entrevista do zagueiro Eduardo Brock à Rádio Transamérica de Curitiba, mais especificamente ao repórter Jairo Júnior, é comovente, emocionante e retrata o estado de espírito do elenco do Paraná ao entrar em campo nesta terça (12), um dia após perder o colega de trabalho Jonas Pessalli – morto após bater gravemente seu carro em um poste. O choro do capitão paranista, minutos após vencer o Náutico (1 x 2), no Recife, é desde já um dos grandes flagrantes jornalísticos do rádio esportivo.
O choro de Brock incomoda. Como um time de futebol entra em campo em condições emocionais tão frágeis? Pior: por que o Paraná não fez nada para adiar a partida contra o Náutico? O choro do xerife tricolor pode ter sido até algo isolado, pois conhecia bem Pessalli, desde a base do Grêmio, mas mostrou que foi inoportuno fazer a bola rolar, em respeito à família da vítima e aos atletas que conviviam diariamente com ele.
