Dose cavalar (fim)

Pedro Serápio / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Roberto Cavalo caiu. Mas acho que a torcida do Paraná precisa tirar algo da entrevista coletiva do técnico após a derrota para o Operário. Ele, ao seu modo tosco, foi de uma sinceridade absurda.

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Disse, entre outras coisas, que se as dispensas promovidas pelo vice-presidente Paulo César Silva tivessem ocorrido, ele não teria sete jogadores no banco de reservas.

Bateu de frente com a precária infraestrutura do clube.

Chegou ao ponto de revelar uma conversa com Kerlon, a promessa das mais questionáveis – do ponto de vista médico. ‘E aí? Pode jogar dez minutinhos para nos ajudar? – ‘Não tem como!’

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Cavalo também disse que o time do jogo de sábado, em Irati, será o mesmo, com os mesmos problemas. Avisou nas entrelinhas: mais uma derrota.

Cavalo não mentiu, nem exagerou. Seu único exagero até agora foi não apostar no garoto Néverton. Todos no clube o consideram um atacante promissor.

Tudo bem, não pode ser queimado, pois não tem potencial para salvar o time. Seria uma ajuda. E, vamos ponderar, qualquer auxílio é válido. A imagem do clube está no meio-fio.

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A queda de Cavalo era certeira. O presidente Aquilino Romani deu a entender que não gostaria de mandá-lo embora. A multa rescisória é de R$ 90 mil. Muito para um dirigente que precisa emprestar ataduras para proteger o tornozelo de seus jogadores.

Com Cavalo, foi também alguma sinceridade que restava na Vila.

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