Demitir Ivo é o único caminho para o Coritiba

Albari Rosa/ Gazeta do Povo

A única opção que restou para a diretoria do Coritiba é demitir Ivo Wortmann. Se não por convicção, por autodefesa. Mantê-lo significa concordar com o que vem sendo feito na condução do time e assumir a responsabilidade integral por todos os fracassos em campo – passados e futuros. Não é o caso de assumir carga tão pesada.

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Talvez nem Ivo saiba onde perdeu a mão. Escrevi aqui várias vezes e repito: o elenco alviverde tem jogadores capazes de dar ao Coritiba o que o treinador quer, com meias nas alas e tudo mais.

O problema é que Ivo não conseguiu fazer o elenco comprar essa ideia, e isso, no meio da bola, é fatal. Sua intolerância com erros logo tornou-se desespero.

Colocou Hugo, Ariel e Róger em uma roleta russa sem a certeza de que a diretoria lhe desse um camisa 9 em um curto prazo. O matador não veio, e Ivo teve de recorrer novamente àqueles que não serviam.

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Não teve paciência com o percalço, contra o J. Malucelli, no Ecoestádio, em um momento que o time começava a se acertar. Chamava de time ideal qualquer formação que lhe desse os três pontos com alguma folga. Afastou Paraíba, trouxe Paraíba. Afastou Mancha, trouxe Mancha. Afastou Marlos, trouxe Marlos para jogar três minutos e tomar vaia no fim do Paratiba.

Talvez neste último ato Ivo tenha perdido o que restava da confiança do grupo em seu trabalho. Afinal, boleiro até tolera indecisão, mas trairagem é demais para um meio em que a “brodagem” fala muito mais alto. Não à toa que o time ideal de Ivo não jogou mais bola nos 180 minutos seguintes.

Ivo x Jamelli
Jamelli perdeu o emprego, mas Ivo também foi prejudicado na saída do coordenador. Foi graças a Jamelli que jogadores importantes vieram para o Coritiba neste ano.

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O campeonato
O Paranaense acabou para o Coritiba. São muitos “se” no caminho entre o clube e o título. Se ganhar o Atletiba, se o Jota empatar em Rolândia, se o Coxa ganhar do Nacional, se o Atlético ganhar do Cianorte. Foi-se a grande chance de título no centenário, agora mais propenso a passar em branco.

A única motivação real e factível é acabar com o jejum de oito anos sem ganhar Atletiba na Arena e, por tabela, ajudar o Jotinha a ser campeão. Apenas migalhas.

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