Craques precisam beber e fumar como demônios?

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Paul Gascoigne foi o principal jogador da Inglaterra na Copa de 90, quando o time chegou à semifinal. Hoje vive como um mendigo.

“Antes, os craques bebiam e fumavam como demônios e mesmo assim eram bons jogadores”. A frase é do badalado treinador do Liverpool, o alemão Jurgen Klopp.

O tema veio à tona após o flagra de embriaguez de Wayne Rooney, astro do futebol inglês, durante uma festa de casamento no último domingo (13).

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Mas a declaração de Klopp, em defesa do britânico, traz ao debate o glamour dado ao álcool, baladas e drogas dentro do futebol.

É verdade que muitos dos melhores jogadores de todos os tempos eram ‘cachaceiros’, para usar um termo de arquibancada. Mas (óbvio) é errado insinuar que existe uma combinação harmoniosa entre praticar esporte e descuidar da saúde.

Os torcedores que patrulham atletas na boemia, por exemplo, também gostam de ouvir histórias de mitos do passado que bebiam todas e acabavam com o jogo horas depois. E isso ajuda a entender essa tendência de idolatrar o combo álcool-noitada como combustível à criatividade. Faz-se um herói.

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Também deve ser esse o motivo para ícones do futebol optarem, sem cerimônia, para confissões sobre excessos durante a aposentadoria, quando isso vira ‘currículo’.

São inúmeras as histórias para exemplificar a derrocada de mitos da bola, a ficar com o maior clichê de todos: Garrincha. Outra clássica exceção que confirma a regra: Sócrates. Tem-se a impressão que são mais amados por fugirem à regra do bom-mocismo.

O ex-jogador e ídolo do futebol inglês Paul Gascoigne, 49 anos, foi flagrado recentemente pelo jornal The Sun em condição deplorável. Com um roupão, sem nada por baixo, e descalço, ele foi fotografado deixando um táxi com um cigarro dobrado na boca. É outro caso de ídolo impulsionado pelas fraquezas. Sua vida louca, em parceria com seu talento, arrebatou fãs.

Jogadores de futebol são jovens, têm dinheiro, em alguma medida são celebridades… Por isso parece razoável que todos aproveitem suas horas de folga como quiserem, inclusive bebendo. Porém é preciso, como em tudo na vida, ter moderação e – neste caso – profissionalismo.

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