Philippe Coutinho foi vendido ao Barcelona em uma transferência que pode chegar a 160 milhões de euros (R$ 625 milhões), a segunda maior da história do futebol. Há dez anos, o destino do talentoso meia brasileiro poderia ter sido o rival Real Madrid, mas o clube merengue o rejeitou e preferiu contratar Alípio, jogador que hoje defende o Fortaleza.
VEJA TAMBÉM >> MERCADO DA BOLA INTERNACIONAL: siga a janela de transferências na Europa
Um personagem importante desta curiosa história é Miguel Ángel Portugal, técnico que comandou o Atlético-PR em 2014. Há quase uma década, em 2008, ele era o secretário técnico do Real Madrid B e tinha boas referências de Coutinho, então com 16 anos.
Portugal veio ao Rio de Janeiro para ver o brasileiro de perto, conversar com os pais deles e com o Vasco (clube que o revelou). Estava tudo encaminhado, mas…
Veja o que contou Miguel Ángel em seu blog:
“Coutinho já fazia maravilhas nas categorias de base do Vasco da Gama e o seguíamos em nossa captação de jovens talentos no Real Madrid. Todos os relatórios eram favoráveis para contratá-lo. Com essa decisão tomada, fui ao Rio de Janeiro para vê-lo treinar, jogar, falar com seus pais e, portanto, falar com seu clube. Tudo era perfeito e parecia que as coisas iam sair satisfatoriamente bem para todos, mas quando voltei do Brasil fui surpreendido. O presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, me comunicou que havíamos contratado Alípio, um jovem de 16 anos que estávamos observado do Rio Ave e os olheiros consideravam interessante”.
É isso mesmo. A diretoria do Real Madrid preferiu contratar outra promessa brasileira, Alípio, também na época com 16 anos. Um semana depois, a Inter de Milão contratou Philippe Coutinho.
E Alípio? O meia não vingou no clube merengue. Acabou indo para o Benfica, dois clubes da Grécia e depois passou a rodar pelo Brasil: Luverdense, Vitória, Atlético-GO, Vila Nova. Na temporada 2018, ele vai defender o Fortaleza na Série B do Brasileirão.
