Confuso, Pelé foi constrangedor nos comentários de Brasil e Argentina

Pelé no estúdio da CBF, no Rio, para Brasil e Argentina.

A participação de Pelé, 76 anos, como comentarista da CBF para o duelo entre Brasil e Argentina (0 x 1) foi das mais confusas. Estrela da transmissão inédita da entidade, reverenciado o tempo todo pelo narrador Nivaldo Pietro e demais convidados, o Rei do Futebol foi uma caricatura (ouça acima).

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VEJA como foi o jogo

Denílson, outro âncora da exibição, foi quem carregou nas costas as análises do jogo.

Pelé começou o trabalho cantarolando uma música para celebrar a classificação antecipada do Brasil para a Copa-2018. Rimou show com Moscou. Durante o jogo, algumas vezes fez observações sem nexo, fora de tempo ou superficiais. Salvou pelo carisma de sempre, potencializado agora pela imagem frágil.

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No intervalo, mais homenagens, com destaque a entrevista aos jogadores da seleção destacando a honra de ter o astro como observador da partida – Tite reforçou isso, ao vivo, após o confronto. Ao final, em poucas palavras, Pelé definiu a derrota desta forma: “A equipe foi bem, não foi mal não. O jogo justo seria o empate”.

Sua declaração mais polêmica (nas redes sociais, especialmente no país vizinho) foi sobre o argentino Dybala, astro da Juventus. “Não é tudo isso, não. Só falaram que seria o substituto do Maradona porque joga com a perna esquerda”.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o mais famoso camisa 10 faturou R$ 400 mil pela participação. O valor pago pela CBF vale pelo trabalho nos dois jogos da seleção na Oceania: a derrota para a Argentina e o encontro com a Austrália na próxima terça.

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O Atleta do Século reconheceu que estava fora de forma, logo nas primeiras palavras. Pudera: o tricampeão mundial trabalhou na função pela TV Globo nos Mundiais de 1990, na Itália, e nos Estados Unidos, em 1994, ficando um longo tempo longe da televisão.

Apesar da participação constrangedora na CBF TV, Pelé é um mito, merece respeito.

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