Com três meses de atraso, Vasco “dispensa” funcionários

A síndrome do cachorro vira-latas às vezes nos toma por completo. Achamos que estão todos contra nós e o mundo conspira para tornar nossa vida um inferno e nos fazer de chacota. Eu já me senti assim e você, amigo leitor, certamente também.

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Nessa semana que passou tivemos mais uma vez problemas com o pagamento (não pagamento, no caso) de salários no Paraná Clube. Mas, amigo paranista, o problema não é só do Tricolor (é óbvio, já que o futebol brasileiro e seus times são famosos por serem maus pagadores).

Em busca de informações sobre a negociação do Coritiba com o Vasco para no mínimo renovar o empréstimo do meia Leo Gago, liguei na sede do clube carioca. Ontem acabei ligando tarde demais, cuidado que tomei hoje para não ficar sem resposta. Qual não foi a minha surpresa quando o telefone toca e alguém atende:

– Portaria!
– Boa tarde. Assessoria de imprensa, por favor!
– Ih… não tem ninguém na telefonia, meu irmão!
– Não? Não tem ninguém trabalhando hoje?
– Nada. Foi todo mundo para casa. Sem salário ninguém gosta de trabalhar né?
– Ih, ta assim meu velho?
– O que? Estamos sem receber faz três meses. Quem agüenta?
– Capaz. Mas e ai? Faz o que?
– Vai pra casa. Não recebe, não trabalha.
– Sacanagem. Bom, obrigado pela ajuda. Boa sorte para vocês.
– Valeu. Deus abençoe irmão.
– A todos nós.

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A crise no clube carioca está braba. E olha que o Vasco recebe um “cotão” do Clube dos 13 e mesmo assim esta na pindaíba.

Pensando nisso fica mais difícil criticar o Paraná. Embora jamais concorde com atraso de salários, ter que manter um elenco minimamente capaz de desempenhar um bom campeonato sem receber um vintém de cota, é missão para poucos. Sorte ao paranito. Ao Vasco… sorte ao Paranito.

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