Ciranda dos técnicos escancara mediocridade de Coritiba, Paraná e Atlético

Ciranda dos técnicos escancara mediocridade de Coritiba, Paraná e Atlético

Início da tarde de terça-feira, dia 7 de agosto. O Coritiba reúne a imprensa no Couto Pereira. Augusto de Oliveira, diretor de futebol do clube, e Pereira, gerente, bancam a permanência do técnico Eduardo Baptista e avaliam a situação do Coxa na Série B.

continua após a publicidade

Início da madrugada de sábado, dia 11 de agosto. O Coritiba anuncia a demissão de Oliveira, Pereira e Baptista. Pouco mais de três dias depois, tudo mudou no Alto da Glória, por causa de um empate em casa com o Sampaio Corrêa por 0 a 0.

Não fosse preocupante a situação do Coxa, sob o risco de não voltar para a Série A em 2019, e a situação descrita acima seria motivo de riso, de tão absurda. Mesmo considerando, ainda, que não há nenhuma novidade em se tratando de administração do futebol no Brasil.

LEIA MAIS: Colapso do Esporte Interativo joga clubes na mão da Globo no Brasileirão

Ano após ano é assim. No estado do Paraná, pelo Brasil todo. Pegue qualquer clube e há um exemplo claro do quão tosca pode ser a administração dos nossos times. E por aqui, em Curitiba, Atlético e Paraná, claro, se enquadram.

continua após a publicidade

No caso do Furacão, Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo, afirmou que o técnico Fernando Diniz deixaria o clube só se quisesse. E que nem mesmo uma eventual queda para a Segunda Divisão mudaria alguma coisa, afinal, o treinador se encaixava no “projeto”.

A fala de Petraglia foi revelada dia 22 de maio. No dia 25 de junho, cerca de um mês mais tarde, Diniz foi demitido do Rubro-Negro. Na ocasião, Petraglia apareceu como “voto vencido”, como se fosse possível acreditar que o cartola tenha “cedido” em algo relacionado ao Atlético.

E o Paraná? Não fica atrás. Ainda no fim de 2017, em dezembro, anunciou o retorno do técnico Wagner Lopes. Um treinador que fez um bom início de trabalho na mesma temporada e que ganhou a confiança da diretoria, mesmo tendo trocado o clube pelo futebol japonês.

continua após a publicidade

Praticamente um mês após a estreia no Paranaense, Lopes foi demitido pelo Tricolor. Dias depois, Rogério Micale foi anunciado como substituto. E, agora, mesmo com a equipe na lanterna do Nacional, o presidente Leonardo Oliveira “garante” a permanência do técnico. É sinal de que não dura muito?

A ciranda, a dança, o troca-troca dos técnicos, enfim, como queiram, escancara a mediocridade de Coritiba, o último a mexer no comando, Atlético e Paraná. É, como se sabe, sempre a alternativa mais “fácil” para tentar contornar os resultados ruins.

Saída tão óbvia quanto ineficiente, como qualquer levantamento histórico comprova. Mas seguirá assim. Faltam ideias, falta criatividade, falta profundidade, falta qualquer esboço de “projeto”. Sobra desempenho sofrível e desgosto para os torcedores de coxas-brancas, paranistas e rubro-negros.

Exit mobile version