Brasileirão perde força no calendário e ameaça férias dos boleiros

Tabela do Brasileirão recebe críticas de especialista

Se o calendário de 2017 já foi confuso, não se assuste com as possibilidades de 2018, ano de Copa do Mundo. O Brasileirão será totalmente bagunçado pela CBF, graças ao garantido excesso de jogos no ano. Mas a perspectiva tem um elemento a mais: os jogadores devem perder as férias de 30 dias.

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TABELA: jogos e classificação da Série A

O programa de 2017 apresenta 111 datas de competições somadas, sendo algumas coincidentes como Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores. Dessas, há 38 datas do Brasileiro, e 18 para o Estadual que já ocupam todos os finais de semana.  Com a Copa 2018, não poderá haver jogos entre 14 de junho e 15 de julho, obrigatoriamente (perda de dez datas exatamente no período do Nacional). São então 101 dias para agrupar a congestionada temporada.

Se for respeitado o período de preparação da seleção, tira-se ainda mais 15 a 20 dias da agenda anual do Brasileirão. A tendência é que a CBF só pare o Nacional no período do Mundial na Rússia. Ou seja: time com jogador convocado, azar.

A crise de datas tende a ser ainda pior e prejudicar as relações trabalhistas dos clubes.  Estuda-se reduzir a pré-temporada e dividir as férias dos jogadores, colocando uma parte do período no meio do Mundial como feito em 2014. Seria então fracionada em até três vezes de dez dias, posição que não agrada a classe.

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Por questões políticas e comerciais, não existe hoje a mínima possibilidade de a CBF reduzir o período dos estaduais.

Há ainda questões sobre o encaixe dos torneios regionais, como a Copas Nordeste, Verde e da desprezada Primeira Liga, que está garantida em 2018, mas deve ser um torneio de verão, pré-temporada.

Normalmente, a CBF informa em julho o calendário do ano seguinte. Por enquanto não o fez. A bagunça está assegurada.

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