Ato cobra justiça pela morte de torcedor do Coritiba: ‘Policiais não são deuses’
A torcida organizada do Coritiba, Império Alviverde, está organizando uma caminhada em homenagem ao garoto Leonardo Henrique da Rocha Brandão, morto aos 17 anos por um tiro acidental de um policial militar no último domingo (19), em frente ao Couto Pereira.
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Nesta quinta-feira, antes da partida do Coxa pela Copa do Brasil, diante do ASA, o grupo fará a manifestação. O evento está programado para as 20 horas, na Praça 19 de Dezembro. Os organizadores chamam o ato de ‘Caminhada de Luto’. “Torcedores não são animais, policiais não são deuses”, avisa em convocação.
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Além de lembrar da vítima, a ideia é exigir responsabilidades criminais para os envolvidos.
“Unidos e de modo PACÍFICO, vamos manifestar nossa indignação diante da tragédia ocorrida no último domingo. Não podemos e não vamos deixar que essa tragédia fique impune! Exigimos justiça, e que ela seja aplicada de maneira igual para todos”, traz a convocação.
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Revolta
Segundo a PM, no pedido oficial de desculpas da corporação, não houve confronto entre policiais e torcedores. A arma disparou sozinha quando um policial foi colocar a submetralhadora na bandoleira.
Torcedores presentes no local, entretanto, tem outra versão. Eles contam que um policial espirrou spray de pimenta de dentro da viatura nos coxas-brancas, momentos antes do disparo.
A partir do tiro, ainda segundo relatos dos alviverdes, os policias desceram da viatura e jogaram bruscamente Leonardo dentro da viatura. Puxaram por braços e pernas e lançaram no carro.
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“Escutei o barulho e vi o Léo no chão. Os policiais desceram e apontaram a arma para todo mundo, pegaram ele e jogaram como se joga lixo numa caçamba”, conta Matheus Wagner Moreira, o melhor amigo da vítima.
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