El Paranaense na Libertadores: 5 jogos, 5 heróis e 5 vilões

Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

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Marcante vitória contra o Chivas, em Guadalajara, foi registrada com a festa de Marcão.

O Atlético e a Libertadores. O Furacão começa nesta terça (7/3)  mais uma participação na fase de grupos do torneio. Será a quinta do clube, o representante paranaense com mais carimbos sul-americanos no passaporte. E uma viagem por ele torna-se um belo aperitivo para mais uma campanha do El Paranaense.

 5 jogos inesquecíveis

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Alianza Lima 0 x 3 Atlético (2000)

Estreante na Libertadores, jogando fora de casa contra um frequentador assíduo do torneio, todos esperavam que o Atlético tremesse em Lima. O que se viu foi o contrário. O Furacão entrou no mais encardido interclubes do mundo com o pé na porta. Fez 3 a 0 no Alianza, abrindo caminho para uma campanha quase perfeita na primeira fase.

Bolívar 5 x 5 Atlético (2002)

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Adriano recorre ao oxigênio no insano 5 a 5 com o Bolívar, em La Paz.

A Libertadores de 2002 só começou a ser transmitida para o Brasil no mata-mata, o que relegou as primeiras fases do torneio ao rádio e aos jornais. Fui um dos poucos jornalistas brasileiros presentes no Hernando Silles e posso dizer sem medo de errar: raras vezes um time foi tão avassalador como o Atlético do primeiro tempo em La Paz. Com toques rápidos e envolventes, o Furacão fez 5 a 1 no Bolívar. Na segunda etapa, a altitude de 3.600 metros e as expulsões de Ilan e Adriano minaram o time de Geninho. Nos 15 minutos finais, o Bolívar encurralou o Atlético na sua área, foi buscar o empate e, com um pouquinho mais de tempo, teria virado.

O duelo Atlético x Santos (2005)

Cocito – no melhor estilo Jean-Claude van Cocito – chega arrepiando em Ricardinho e Bóvio, no épico 3 a 2 sobre o Santos, na Arena.

A mais emocionante e marcante batalha da campanha de 2005. Na Arena, contra o Santos campeão brasileiro, de Robinho, Ricardinho e Deivid, o Atlético esteve atrás no placar, perdeu Alan Bahia expulso ainda no primeiro tempo e foi buscar uma virada épica. Após uma primeira etapa empatada por 2 a 2, Lima decidiu aos 25 do segundo tempo. No jogo de volta, na Vila Belmiro, um Atlético perfeito no contra-ataque venceu novamente: 2 a 0, dois gols de Aloísio.

Atlético 3 x 0 Chivas (2005)

Marcão foi um dos destaques contra os mexicanos do Chivas, na Arena.

Se a marca dos dois jogos com o Santos foi a emoção, a da primeira partida contra o Chivas foi a perfeição. Em sua melhor exibição no torneio, o Furacão venceu por 3 a 0, na Arena, e encaminhou a inédita passagem à final, carimbada dias depois com um empate em Guadalajara.

Atlético (5) 2 x 1 (4) Sporting Cristal (Libertadores 2013)

Weverton vive consagração na disputa de pênaltis na Vila Capanema.

Aos 47/2º, Éderson converteu pênalti e ressuscitou o time. Nas penalidades, por duas vezes o gol classificaria os peruanos. O impossível se mostrou possível e o Furacão papou a vaga para a fase de grupos do torneio.

5 heróis

Luisinho Netto

Luisinho Netto comemora gol contra o Alianza Lima, na Arena.

Maior artilheiro do Atlético na Libertadores ao lado de Lima, com seis gols, Luisinho Netto teve papel preponderante na campanha de 2000. Foi ele quem abriu o caminho para as duas vitórias sobre o Alianza e selou o triunfo contra o Nacional, na primeira fase. Também foi dele o gol que por uma hora manteve o Atlético nas quartas de final. Em 2002, fez os dois gols da vitória sobre o Olmedo, na Arena, que mantiveram o clube com chance de classificação.

Devaca

Se o Atlético tivesse sido campeão em 2005, seria justo mandar uma faixa para José Devaca. O zagueiro que havia tirado o Brasil da Olimpíada de Atenas, em 2004, pôs o Atlético no mata-mata da Libertadores em 2005. Com um gol dele, o eliminado Libertad derrotou o América de Cali, na Colômbia, por 1 a 0. O resultado salvou o Furacão, que ia ficando fora ao levar inacreditáveis 4 a 0 do Independiente de Medellín, dentro da Arena.

Weverton

Em partida emocionante, o Atlético venceu nos pênaltis o Sporting Cristal e se garantiu na fase de grupos da Libertadores-2013. Em dramática decisão por pênaltis, o goleiro defendeu uma cobrança, das três desperdiçadas pelos peruanos.

Aloísio

Aloísio em ação contra o Chivas.

Apesar de heroica, a vitória por 3 a 2 sobre o Santos, na Arena, soava apertada demais para o Atlético. Uma derrota por 1 a 0 na Vila Belmiro bastaria para eliminar o Rubro-Negro. Aloísio mostrou que a vantagem era mais que suficiente. Com dois gols do Chulapa, o Furacão venceu na Baixada Santista e chegou à semifinal. Na fase seguinte, ele ainda marcaria o primeiro no 3 a 0 sobre o Chivas.

Lima

Lima, goleador máximo do Atlético na Libertadores ao lado de Luisinho Netto: 6 gols.

Em números absolutos, Lima divide a artilharia rubro-negra da Libertadores com Luisinho Netto. Mas o Falso Lento concentrou sua munição em uma edição só. Todos gols fundamentais: o da vitória sobre o América de Cali; o que abriu o placar com o Cerro na Arena; o que levou o duelo com o Cerro em Assunção para os pênaltis; o da vitória sobre o Santos na Arena; os dois em Guadalajara, que puseram o Furacão na final.

5 vilões

Adriano Gabiru

O ídolo rubro-negro ficou marcado pela eliminação em 2000, ao chutar nas nuvens o único pênalti não convertido na disputa com o Atlético Mineiro, nas oitavas de final.

Altitude

Duelo em La Paz entrou para a história pela falta de oxigênio do Atlético.

O grande fantasma dos clubes brasileiros na Libertadores derrubou o Furacão em 2002. Contra o Olmedo, o clube dividiu o elenco em dois bimotores para subir de Guayaquil e Riobamba. Alguns jogadores desembarcaram apavorados na base aérea da cidade equatoriana. Contra o Bolívar, a exaustão física que transformou um mágico 5 a 1 em quase trágico 5 a 5 foi definida com exatidão por Dagoberto: “Eu me sentia como se estivesse correndo com o Bolinha nas costas”.

Planejamento

Em 2013, o Atlético abusou da sorte. Contratou um técnico desconhecido (Miguel Angel Portugal), investiu na recuperação de Adriano Imperador e desmontou a base que se destacou no Brasileiro e Copa do Brasil do ano anterior. Com isso, caiu na fase de grupos, sem esboçar força.

Nicolás Leoz

Nunca o presidente da Conmebol foi tão legalista como na final de 2005. Leoz exigiu que fosse cumprida a exigência do regulamento de estádio com no mínimo 40 mil lugares para a decisão. Sem poder usar a Arena, o Atlético viu a já difícil missão de bater o poderoso São Paulo tornar-se quase impossível.

 Fabrício

Bateu na trave: Fabrício perde pênalti e Atlético sente o golpe contra o São Paulo.

O placar marcava 1 a 0 para o São Paulo, no Morumbi, quando na metade do primeiro tempo o Atlético teve um pênalti a seu favor. Fabrício correu e bateu… no pé da trave. O erro desarmou o Furacão e deixou o jogo propício para a goleada são-paulina.

Texto atualizado, originalmente publicado no blog Bola no Corpo

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