Atletiba inesquecível

Claro que para a maioria dos torcedores a análise de um clássico passa diretamente pelo resultado. Ganhou, foi maravilhoso. Perdeu, melhor esquecer.

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Mas o Atletiba de hoje foi simplesmente espetacular. Dos que eu tive a oportunidade de ver, se equipara ao 3 a 3 da final de 2004 e ao 5 a 2 do Atlético no Pinheirão, em 97.

O Coxa foi avassalador no começo. Abriu 2 a 0 e poderia ter feito mais. Aquela batida do Marcelinho de esquerda, que deu na forquilha, merecia ter entrado.

O Atlético voltou com uma fúria incontrolável no segundo tempo. Empatou, criou aquela empatia time-torcida que tantas vezes se forma na Baixada e torna o Atlético um time imbatível.

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E ainda teve a parte final, em que a raça de Ariel, a esperteza de Leandro Donizete e o talento de Marlos selaram a sorte do clássico. Um Atletiba para a história. Daqueles de incluir em livro e contar para os netos.

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O que não foi nada bonito foi o comportamento de facções das organizadas de Atlético e Coritiba. Brigaram lá no Sítio Cercado e quase saíram no braço de novo na Baixada. Pelo que andou rolando em sites e comunidades, a confusão começou na quarta. Gente da Império foi até a Baixada no jogo do Atlético com o ABC; gente da Fanáticos e do Fortaleza desceram a Engenheiros Rebouças para entrar na Vila Capanema atrás da Fúria; mais membros da Fanáticos foram atrás de integrantes da Império na fila de ingresso no Couto. Uma imbecilidade sem fim.

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Marcelinho Paraíba finalmente jogou no nível que se espera dele. Foi o craque do clássico. Pergunto: por que não era assim com o Ivo?

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René fez bem em ir para o banco. Cumpriu seu dever de profissional. Deu uma baita injeção de ânimo no time. E lustrou mais um pouco a imagem de ídolo alviverde.

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René e Édison Borges ressuscitaram Pereira (se alguém do clube me perguntasse sobre ele até hoje, eu diria: Manda embora) e Ariel.

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Boa jogada ensaiada no primeiro gol alviverde. Marcelinho Paraíba passou por cima da bola e foi para a meia-lua apanhar o rebote. Só não contava com a mão mole de Galatto.

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Será que já tocou o telefone de algum jogador do Cianorte?

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Geninho, por sua vez, arranhou essa idolatria. Estava na cara que apostar na base do ano passado mais cedo ou mais tarde ia causar grande prejuízo. O título ainda acho que vai para a Baixada, mas com um baita carimbo alviverde.

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Ainda tem clima para Netinho vestir a camisa rubro-negra na Baixada?

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Wallyson titular já!

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Rafael Moura estava em condições legais no lance invalidade por Aparecido Donizete Santana. O He-Man ia sair na cara do gol e o jogo estava 2 a 2. A história do jogo e do campeonato poderia ser outra.

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Pela lógica esportiva, os três jogos em Curitiba da próxima rodada devem ser no mesmo horário. A Sesp já disse que não quer essa coincidência. E agora: prevalece o regulamento e põe-se o cidadão em risco, ou assume-se o perigo em nome da igualdade de chances de ganhar o título?

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Papai do céu atendeu as minhas preces e não veremos J. Malucelli aka Corinthians Paranaense campeão estadual.

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Primeira missão da semana: preparar os pôsteres de Coritiba e J. Malucelli – e não deixar vazar. Um sai, mas dois vão para o limbo.

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Por último, mas não menos importante. Faço questão de dar os parabéns à moçada que tocou, hoje, o site do jornal. O bróder Ewandro, o Aldrin Buzz Cordeiro e os colegas de editoria Thiago e Bonassoli. Mesmo com o problema técnico que deixou o site quase o dia todo fora do ar, mantiveram o nível de produção, para que o leitor pudesse encontrar um material de primeira qualidade quando as coisas se normalizassem. Não foi com a instantaneidade da internet, mas com a precisão e qualidade que marca o trabalho da equipe. Parabéns, moçada. Sinto orgulho de vocês.

Por fim, cliques do clássico do nosso time de fotógrafos.


A série de bandeirões do Atlético, com fotos de ídolos do passado rubro-negro.

A série de bandeirões do Atlético, com fotos de ídolos do passado rubro-negro: Jofre, Djalma e Nilson; Caju; Joaquim Américo; Assis e Washington; Ziquita e Ricardo Pinto. Faltou o Sicupira.


Marcos Aurélio estufa a rede de Galatto, para fazer 2 a 0 para o Coritiba.


Marcelinho Paraíba, o craque do jogo: sangue verde nas veias.

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