A Copa depois do Brasil

Christian Hartmann/ Reuters
Funcionário limpa a entrada da sede da Fifa, em Zurique: suspeita de sujeira marca a eleição para as sedes da Copa de 2018 e 2022

O conclave da Fifa está reunido hoje para definir as sedes das duas próximas Copas. A disputa é desleal – como definiu diplomaticamente o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.

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Holanda-Bélgica, Portugal-Espanha, Inglaterra e Rússia estão na briga para suceder o Brasil. Há poucos senões para esses candidatos. Todos têm capacidade de sobra para receber o evento. São postulantes com tradição no futebol, gostam do jogo e já possuem uma ótima infraestrutura.

Austrália, Coreia do Sul, Catar, Estados Unidos e Japão lutam por 2022. Nesta briga, o bicho pega. A capacidade econômica dos adversários denota uma briga eleitoral forte nos bastidores. Os japoneses e sul-coreanos parecem fora da luta pelo fato de terem compartilhado o evento há pouco tempo, em 2002. Tudo indica que Catar e EUA foram os mais eficientes na luta de bastidores.

O fato de o pleito estar desmoralizado por denúncia de conchavos e venda de votos respingou duplamente no Brasil e deve ter impacto no resultado de logo mais.

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O primeiro reflexo foi meramente técnico: a Fifa deu a entender que não quer mais aventuras como África do Sul e, opa, Brasil. Ambos dão dor de cabeça à entidade máxima da bola.

O segundo, político. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, eleitor na disputa, foi citado em uma possível triangulação nada ética. O fato veio a público graças a um jornal suíço, em reportagem endossada pela BBC.

Parece que o representante brasileiro na eleição vai voltar em Portugal-Espanha e Catar.

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São 22 votos para definir os vencedores. Leva quem tiver 50% + 1. Em caso de empate, Joseph Blatter, presidente da Fifa, baterá o martelo.

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