Todo mundo em pânico e o Tino Marcos lá, tranquilão
Cobrir a seleção brasileira é dos maiores desafios para um jornalista esportivo. Tive o privilégio de realizar o trabalho algumas vezes, numa versão mais hardcore na Copa do Mundo de 2014, naquela jornada em que rolou um probleminha no Mineirão.
Tudo que envolve o conjunto amarelo é over. Em ação no país então, na competição mais importante do esporte, multiplique por mil. São muitos repórteres, muitas câmeras, muitas luzes, muitas perguntas, muita atenção. É muito.
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Assim, o que é um privilégio, torna-se, ao mesmo tempo, um inferno. É como comprar ingresso de cambista, disco de banda de rock brasileira ou se inscrever em concurso público: o tempo todo você acha que está sendo passado para trás.
Mas eis que, em meio ao caos y psicopatia (ref. Impedimento), uma figura ali estava, invariavelmente alheio a tudo isso, semblante inexpugnável, uma espécie de dândi da cobertura esportiva: Tino Marcos.
Não por acaso, claro: foram seis Jogos Olímpicos, oito Copas do Mundo e 30 anos perseguindo o selecionado nacional. Talvez por isso, jamais era visto no gargarejo disputando espaço, sofregamente, com novatos.
Ao Tino Marcos, que deixou a Globo, meus respeitos.
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