Náutico volta ao caldeirão dos Aflitos. Tchau, arena fria de Copa!

Foto de 2018 do Estádio dos Aflitos. Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Náutico reabriu o Estádio dos Aflitos no último domingo (15/12). Retorno do Timbu ao velho lar, lacrado desde que o clube embarcou na aventura da Arena Pernambuco, o estádio de Recife para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

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Sob toda sorte de promessas no melhor estilo soccer business, o alvirrubro deixou o velho e trepidante caldeirãozinho, localizado em área nobre da capital, e passou a ser mandante a mais de 20 quilômetros dali, já em outro município, São Lourenço da Mata.

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Evidentemente, não funcionou. O público da equipe minguou, o clube perdeu o prumo e atualmente se encontra na Série C do Brasileirão. Foram cinco anos sem o batizado Eládio Barros de Carvalho, que recebeu mais de 17 mil pessoas no retorno.

Não tenho conhecimento suficiente de futebol pernambucano para tratar com profundidade das perdas e ganhos do Náutico longe de casa, embora saiba dos problemas que enfrentou. O fato é que eu nunca entendi porque o Timbu abandonou o seu bunker.

Impressão clara por causa de uma chance que tive de conhecer o Aflitos, em 2008. O Atlético brigava contra o rebaixamento e foi pegar o Timbu, também ameaçado pela degola, fora de casa. Eu e o fotógrafo Albari Rosa fomos deslocados ao Nordeste para cobrir o jogo. A foto acima é da empreitada.

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Mesmo há 10 anos eu já tinha uma rodagem considerável de bancada e, confesso, fiquei impressionado. Primeiro, a localização excelente. Depois, as arquibancadas bastante próximas ao gramado. E, especialmente, poucas vezes vi uma torcida exercer tanta pressão.

Ao final dos 90 minutos, o Náutico virou sobre o Furacão, por 2 a 1. No embalo de uma galera, considerando o maçarico ligado que é o calor de Recife, quase que literalmente em chamas no concreto armado. Vitória na bola e no bafo do povo.

Sim, eu sei da necessidade de modernização, de viabilizar novas fontes de renda, de toda a conversa soccer business. Além disso, sei que o Náutico também tinha públicos ruins no Aflitos. Agora, repito, nunca entendi como o clube trocou tamanho trunfo local para entrar na onda das arenas.

Já sobre a Arena Pernambuco, terá o destino merecido, o da obsolescência, ao custo de quase R$ 800 milhões. Nada surpreendente para um estádio construído em área distante de tudo e numa cidade em que os três times principais já tinha suas casas.

Que a volta aos Aflitos seja excelente!

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