Opinião

Vai começar o maior show da Terra: Galvão Bueno narrando

Não que alguém tenha sentido falta, mas volto ao blog por ocasião do mega festival da bola que se precipita, desta feita, no Catar, terreno tão árido para o esporte quanto o deserto para os camelos. Vamos lá, é tempo de festa, é tempo de Copa do Mundo.

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Cumpre, ainda, aproveitar a chance. Afinal, o jornalista nunca sabe quando será substituído por um “influencer digital”, como parte de uma “estratégia de negócio”, elaborada por outro jornalista, já longe do front, na tentativa de salvar o jornalismo, sem jornalistas.

Eis que, então, faço o registro oportuno: sou fã empedernido de Galvão Bueno. Não sei o que aconteceu, se é a (meia) idade, ou se os prováveis substitutos são apenas chatos sem carisma, mas passei a enxergar em Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno o único narrador possível. Aparentemente, pra sempre.

E se é seleção brasileira, e se é Copa do Mundo, bem, amigo, aí não tem jeito. Já está consignado: qualquer joguinho ganha ares epopeicos na condução do Galvão. Por outro lado, sem o já não tão trovejante gorgomilo do global, mesmo um Brasil e Argentina em final de Mundial vira uma reles pelada.

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Portanto, como já virou clichê, desfrutem, pois Galvão já disse que é sua última Copa. Aos 72 anos, há muito o que viver, há muitos vinhos Bueno para tomar, há muitas paletas de cordeiro para comer pilchado na chácara, há muitos Porsches para se dirigir pelas ruas de Mônaco, há muitos mares a navegar de iate com a bela Desirée.

E diante do inevitável, quando o maior mestre de cerimônias do esporte mundial, finalmente, desligar o microfone, drop the mic na Rede Globo, tenha calma. Ainda teremos o Jota Júnior narrando os jogos da Ponte Preta na Série B no Moisés Lucarelli. Vamos em frente, que venha a Copa.

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