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Flamengo ‘gastador’, Cruzeiro ‘caloteiro’ e a nova ordem do mercado da bola

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André Pugliesi
07/01/2019 18:21 - Atualizado: 29/09/2023 23:38
Flamengo 'gastador', Cruzeiro 'caloteiro' e a nova ordem do mercado da bola
Flamengo 'gastador', Cruzeiro 'caloteiro' e a nova ordem do mercado da bola

O assunto dos últimos dias foi desinteligência entre Cruzeiro e Flamengo por causa do zagueiro Dedé e, em especial, o meia Arrascaeta. Os cruzeirenses acusaram os flamenguistas de aliciamento e reclamaram na CBF e Fifa. O Rubro-Negro, por sua vez, tratou a questão como mera negociação.

Desacertos entre clubes por causa de atletas são do futebol, “petencem” ao esporte, como diria o Luxa. Um clube assedia daqui, o outro força de lá, um jogador faz bico para ser negociado, até aí nenhuma novidade na guerra declarada entre mineiros e cariocas.

Há, no entanto, um componente invulgar na disputa da vez. São as “placas tectônicas” de uma nova ordem do futebol brasileiro em processo de acomodação. E, num primeiro momento, Flamengo e Cruzeiro já assumem suas novas facetas, para o bem e para o mal, respectivamente.

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O Mengo aparece como “gastador”, “predador”, no esteio do processo de saneamento financeiro dos últimos anos – um avanço para um clube antes exemplo de péssima administração. Na Raposa, por sua vez, grudou a pecha do “calote”, efeito dos altos gastos e falta de alguns pagamentos recentes (comportamento, aliás, que é completamente disseminado pelo futebol brasileiro).

Como se sabe, no futebol brasileiro qualquer cenário pode ser absolutamente transitório. A agremiação bem gerida, bem auditada, bem situada no Profut, bem encaixada nas melhores práticas de compliance, logo perde o prumo embriagada pelos resultados e canecos.

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Agora, é evidente ainda que está em curso um reordenamento dos clubes no futebol nacional. E o Flamengo é mesmo o melhor exemplo disso. Vale também para o Palmeiras, igualmente turbinado financeiramente, contando ainda com o patrocinador/torcedor Crefisa.

E, claro, é cedo para falar em “espanholização”, em se tratando da “volatilidade” do cenário e do mercado nacional, recheado de “players” (que tal, hein?) fortes em potencial. Mas é preciso estar atento para a nova ordem e, quem sabe, o futuro do “fair play financeiro” no Brasil.

Basta ver a movimentação dos clubes no mercado interno, de números singulares. A começar pela transação do avante Pablo, do Athletico, para o São Paulo, por 6 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 26 milhões. E a negociação de Arrascaeta gira em torno de R$ 60 milhões.

Considerando que ao longo de toda a temporada 2018 o mercado interno do futebol brasileiro movimentou R$ 112 milhões, de acordo com relatório da CBF, fica óbvio como os tempos estão mudando. É preciso se adaptar.

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