Opinião

Com a desculpa de “antes do VAR era pior”, futebol segue contaminado pelos árbitros

Já é um novo clichê da bola. Para minimizar a série de patacoadas do VAR, em especial nos gramados brasileiros, os defensores do árbitro de vídeo saem com essa: “antes era pior”. Diante das últimas rodadas do Brasileirão, pergunto: será?

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Sinceramente, tenho dúvidas. A utilização da ferramenta, na ativa desde o ano passado, é tão tresloucada que já provoca, acredite, até saudade nos torcedores em perder com gol “roubado” porque o juiz não viu.

A tão propalada justiça nos resultados, como se fosse possível, é evidente que não passa de um delírio. Seguem os resultados contaminados pela interferência da, agora, equipe mista de arbitragem, analógica e digital.

Com uma diferença fundamental: aos olhos de todos, em full HD. E assim, já descobrimos a existência do VAR “caseiro”, do VAR que “ajeita o resultado”, do VAR que “não enxerga bem” etc. Ou, para resumir, do VAR que é “humano”.

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“Humano” até mesmo ao ponto de apanhar. Gatito Fernandez, goleiro do Botafogo, não suportou a pressão e meteu o pé na estrutura do árbitro de vídeo que fica ao lado do campo. Sou contra a violência, mas compreendo.

São tantas as interferências desnecessárias, que atrasam o jogo, tantos os equívocos, por causa da interpretação dos lances, fator que “petence” ao jogo, que está claro que, do jeito que está, não vai. Puxa da tomada o VAR que é melhor.

Diante do quadro atual, só resta mesmo apelar ao óbvio. Quando o operador é ruim, de nada serve uma máquina eficiente. Antes de qualquer coisa, precisamos de bons árbitros. Ou, em breve, o VAR vai virar o tocador de disc laser do futebol.

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