Opinião

Nada como um dia depois do outro…

Semana passada, escrevi uma crítica negativa de “14
Montanhas”, um documentário da Netflix sobre o alpinista nepalês Nirmal Purja,
e hoje retorno para falar de outro filme da Netflix sobre alpinismo, mas bem
melhor: “Viagem ao Topo do Mundo”.

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Trata-se de um filme de animação de longa-metragem que conta
a história de um jornalista que busca desvendar um dos grandes mistérios do
alpinismo: afinal, os britânicos George Mallory e Andrew Irvine foram ou não os
primeiros homens a chegar ao topo do Everest, o pico mais alto do planeta?

Em 1924, Mallory e Irvine tentaram escalar o Everest e nunca
mais foram vistos com vida. Vinte e nove anos depois, o neozelandês Edmund
Hillary e o nepalês Tenzing Norgay se tornaram os primeiros escaladores a
conquistar oficialmente o pico.

Em 1999, uma expedição achou o corpo congelado de Mallory,
mas Irvine nunca foi encontrado, assim como uma câmera fotográfica que eles
levaram à expedição e que poderia provar que eles haviam chegado ao topo em
1924.

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Em “Viagem ao Topo da Terra”, dirigido pelo francês Patrick
Imbert, um jornalista japonês, Makoto Fukamachi, especialista em registros de
escaladas, descobre uma pista sobre o paradeiro da câmera fotográfica de George
Mallory. A investigação o leva a procurar Habu Joji, um misterioso alpinista
japonês que sumira anos antes.

Com um estilo de animação realista, “Viagem ao Topo da
Terra” traz imagens lindas e é narrado com a fluência de um verdadeiro
“thriller”. As sequências de escaladas são angustiantes, e a história, narrada
no tempo presente e em “flashbacks”, é muito engenhosa.

É um filme de aventuras que conta uma comovente história humana. E mesmo sendo animação, é bem mais realista e credível que a presepada de “14 Montanhas”.

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