Jogador é preso em flagrante por injúria racial em Operário x América-MG

O boliviano Miguelito, do América-MG, foi preso em flagrante pelo crime de injúria racial contra o meia Allano, do Operário.
A prisão aconteceu na noite desse domingo (4), após a partida entre Fantasma e Coelho, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, pela 6ª rodada da Série B. O duelo terminou com vitória por 1 a 0 da equipe paranaense.
Veja também
+ Athletico aposta em técnico interino português após demissão de Barbieri
O incidente aconteceu no primeiro tempo, por volta dos 30 minutos de jogo. Quando informado da atitude, o árbitro Alisson Sidnei Furtado acionou o protocolo de racismo, simbolizado por um X com os braços.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o jogador do Coelho teria proferido a expressão "Preto do ca******" contra o atleta da equipe paranaense. Jacy, capitão do Fantasma, confirmou a ofensa racial.
As imagens da transmissão oficial não captaram o momento, já que Miguelito estava de costas. Mesmo assim, os depoimentos foram considerados suficientes para caracterizar o flagrante do crime. A Polícia busca possíveis imagens de outro ângulos do registro da fala racista.

Crime de injúria racial paralisou Operário x América-MG
O duelo entre Operário x América-MG ficou parado por 12 minutos por causa da confusão. O atleta do Fantasma ficou revoltado com os insultos e partiu para cima de Miguelito, jogador formado na base do Santos.
Logo na sequência, torcedores do Operário, revoltados com o fato, e jogadores do banco de reservas do Coelho discutiram. Um torcedor do Fantasma teve que ser retirado pela Polícia Militar, após arremessar um copo para dentro do gramado.
A partida, então, foi retomada aos 44 minutos do primeiro tempo, mas Miguelito não recebeu nenhuma punição por parte da arbitragem.
Após o término da partida, autor, vítima e testemunha foram conduzidas por uma equipe da Polícia Militar até a sede da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, onde foi dada voz de prisão ao boliviano.
Ele permanecerá preso até a audiência de custódia e o inquérito policial deve ser concluído nos próximos cinco dias. A pena máxima prevista para o crime de injúria racial é de cinco anos de reclusão.