Carlos Amodeo, CEO do Coritiba, defendeu neste domingo (25) a inscrição do atacante Alef Manga no Campeonato Paranaense, anunciada pelo clube um dia após a eliminação precoce do Coxa na Copa do Brasil.
O dirigente negou que o timing funcionou como uma cortina de fumaça pelo resultado esportivo muito abaixo do esperado no início de temporada. A entrevista aconteceu no Estádio Olímpico Regional, antes da partida contra o Cascavel, pela última rodada da primeira fase do Estadual.
“Inscrevemos o atleta no Campeonato Paranaense porque no dia 23 era encerramento das inscrições. Ouvi muita gente dizer que essa decisão de reativar o contrato tinha uma cortina de fumaça com a eliminação. Pode ser que o atleta não seja liberado a tempo dele jogar o Estadual? Pode ser. Mas se ele for liberado, ele estará inscrito regularmente”, disse o dirigente.
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Manga foi suspenso do futebol por 360 dias do futebol por ter recebido cartão amarelo contra o América-MG, pelo Brasileirão 2022, em troca de R$ 45 mil de apostadores. Desde que teve o nome envolvido na operação que investiga apostas, o jogador teve o contrato suspenso com o Alviverde.
Segundo Amodeo, o Coxa deseja que o atacante seja reintegrado e tenha o suporte de profissionais do clube, como nutricionista e preparador físico. O jogador tem mantido a forma com treinamentos, por conta própria, em diferentes quadras de society de Curitiba.
O clube se apoia no artigo 172, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que deixa clara a proibição do atleta em frequentar locais de competição. No entanto, o artigo não fala nada em relação aos treinos com o resto do elenco profissional e por isso o clube vai questionar o STJD sobre o assunto.
“Se tivéssemos [feito a rescisão de contrato], e fomos duramente criticados por essa decisão, o que aconteceria na data de hoje? Ele poderia assinar um pré-contrato, em vias de eventualmente ser liberado pelo STJD, e nós seríamos taxados de amadores e incompetentes”, finalizou Amodeo.