Jamais um time manteve a liderança com a extravagante vantagem de pontos do que o Botafogo nesta temporada.

Enquanto os candidatos naturais ao título estavam as voltas com os desafios da Libertadores da América e da Copa do Brasil, o Botafogo nadava de braçada como provável campeão depois de tanto tempo na fila. Aliás, louve-se a recuperação do clube que há dois anos disputou a Série B.

Houve períodos de relativo desinteresse pela disputa do primeiro lugar tamanha a vantagem do alvinegro carioca e as preocupações se voltaram para obter vagas na próxima Libertadores da América ou na Copa Sul-Americana. Além, é claro, do instigante drama daqueles que continuam lutando contra o rebaixamento.

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O padrão técnico do campeonato deixa a desejar, mas precisamos destacar a recuperação do Flamengo, que, sob o comando de Tite, conseguiu voltar a exibir futebol de alto nível. Tanto no plano individual, quanto coletivo.

Prenuncia-se mais intensidade na disputa dos jogos das próximas rodadas, com cada um tendo a sua própria motivação, o que garante muita emoção para o torcedor. Destacando-se que nas últimas rodadas o panorama transformou-se drasticamente e a instabilidade do Botafogo incendiou o campeonato.

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Sofrendo duas viradas antológicas de 4 a 3 – para Palmeiras e Grêmio -, o destacado favoritismo botafoguense foi colocado em xeque.

Lucio Flávio e os jogadores não conseguem dar explicações convincentes diante de tantos altos e baixos durante uma mesma partida.

Chega a ser bisonho o comportamento desta equipe que, por exemplo, abriu vantagem consistente sobre adversários poderosos como Palmeiras e Grêmio, mas acabou cedendo espaços e saiu derrotada.

O jogo com o Bragantino representa uma pré-decisão para os dois líderes da competição. Enquanto Palmeiras, Flamengo e Grêmio seguem com a antena ligada. O Galo, matematicamente, ainda tem chance remota de sonhar com o título e o Furacão entregou-se mansamente diante de tantos erros cometidos dentro e fora do campo neste ano decepcionante.

Carneiro & Mafuz