Os feitos do presente e as glórias do passado
Background personalidade
Atacante

Zé Roberto, o Gazela 

Por
Sandro Moser, especial para UmDois Esportes
08/01/2024 00:01 - Atualizado: 07/02/2024 21:39

A lenda de Zé Roberto no futebol paranaense durou uma década que começou e terminou no Athletico. José Roberto Marques, o Gazela, despontou nos anos 1960 como um dos mais promissores jogadores surgidos depois de Pelé. Alto e aparentemente desengonçado, o jovem craque caiu nas graças de Vicente Feola, técnico do São Paulo e da seleção brasileira que disputou as Olimpíadas de Tóquio em 1964.

Quatro anos depois, Zé Roberto chegou no Furacão com 22 anos, como a cereja do bolo confeitado pelo presidente Jofre Cabral e Silva. Se não era consagrado como Bellini, Gildo e Dorval, tinha inegável categoria internacional e muito futuro. No pacote, porém, já trouxe a fama de “jogador problema” que gostava da boemia e não fazia conta para o dinheiro gasto. 

Em campo, Zé Roberto logo se transformou em ídolo e com 24 gols foi o artilheiro do Campeonato Paranaense de 1968, o melhor certame de todos os tempos. O último gol desta lista ia levando a final até uma terceira partida de desempate, mas não foi bem assim como todos sabemos...

Zé Roberto, contudo, ficou para a histórica campanha do Robertão 68. Brilhou, mas não permaneceu no ano seguinte porque o Furacão não tinha os Cr$ 100 mil estipulados por seu passe. O clube até fez uma série de promoções e jogos amistosos para chegar no número mágico, mas não logrou e desistiu de Zé Roberto para o pânico de sua torcida. 

Três semanas depois, uma bomba: Zé Roberto foi emprestado ao rival Coritiba, onde jogou como ninguém. Em 1977, aos 31 anos, voltou a vestir a camisa rubro-negra, mas não tinha mais condições físicas e decidiu parar após um jogo contra o Colorado, depois de se contundir nos primeiros minutos. O anúncio da aposentadoria foi feito um dia antes da morte de Elvis Presley.

No jornal Diário do Paraná, o colunista Renato Toniolo escreveu texto emocionado em que comparava o “Gazela” ao Rei do Rock, pois ambos seriam “anjos caídos expulsos do efêmero paraíso do aplauso”.

Veja também:
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda
Encontrou algo errado na matéria?
Avise-nos
+ Notícias sobre 100 personalidades
Sandro Moser, o autor
Jornalista

Sandro Moser, o autor

Joffre Cabral e Silva, uma ópera rubro-negra 
Presidente

Joffre Cabral e Silva, uma ópera rubro-negra 

Alex Mineiro, o G.O.A.T
Atacante

Alex Mineiro, o G.O.A.T