Os feitos do presente e as glórias do passado
Background personalidade
Meia-atacante

Carlinhos, o Sabiá

Por
Sandro Moser, especial para UmDois Esportes
04/01/2024 00:01 - Atualizado: 07/02/2024 21:36

Meus pensamentos tomam formas e eu viajo no tempo quando penso em Carlinhos Sabiá. Se o futebol é o único brinquedo de infância que levamos para o resto da vida, Carlos Alberto Isidoro foi o craque da minha geração. Aquele tipo de jogador excepcional que deixa marcas profundas na história do clube, dos torcedores e na própria narrativa do futebol de seu tempo.

Quem nasceu entre o fim da carreira do Sicupira e o aparecimento do Casal 20, pegou o auge de Carlinhos entre seus 10 e 15 anos sabe que nesse tempo ele “foi” o Athletico. Carlinhos chegou em 1987 e ficou até 1993, entre idas e vindas. Seja como o lépido ponta direita ou como um cerebral camisa 10, Carlinhos teve participação em momentos notáveis naqueles anos. 

Era o craque do time campeão de 1988 e, portanto, sobrou para ele o pênalti decisivo no último minuto do segundo jogo da final. Mas errou. O título foi adiado e o Sabiá chorou copiosamente no Pinheirão. No domingo seguinte, o Furacão ganhou e ele sorriu e puxou o pagode do título. 

Era ainda o craque em 1990 quando deu a assistência a Dirceu no jogo final. Antes, tinha marcado o primeiro gol da história contra o Paraná Clube. Inesquecível mesmo foi sua “última dança” em um Atletiba disputado em 21 de junho, em 1992. 

No meio do segundo tempo, o jogo já estava 3 a 0 para o Furacão. Carlinhos foi substituído, tirou a camisa 10, modelo Proonze, e passou a girá-la por cima da cabeça enquanto corria em direção à Torcida Organizada Os Fanáticos. “Carlinho, Carlinho”, todos cantavam. Assim mesmo, sem o "s". para demonstrar que era o povão quem o amava. 

Era para ser a despedida até nunca mais, mas Carlinhos voltaria no ano seguinte, pois o Athletico era o “lugar todinho seu”. Encerrou a carreira após formar no efêmero timaço de 1993, um quadrado de ataque responsa com Vivinho, Cristóvão e Renaldo. Hoje, Carlinhos é empresário de jogadores e já representou ninguém menos que Alex Mineiro

Feliz a minha geração que aplaudiu sua majestade, o Sabiá.

Veja também:
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Maringá reclama de pênalti não marcado e empata com o Atlético-MG na Copa do Brasil
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jorge Jesus faz substituição polêmica e irrita brasileiro ex-Coritiba no Al-Hilal
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Jornal crava decisão de Ancelotti sobre seleção brasileira
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda
Thiaguinho explica idolatria por Paulo Miranda
Encontrou algo errado na matéria?
Avise-nos
+ Notícias sobre 100 personalidades
Sandro Moser, o autor
Jornalista

Sandro Moser, o autor

Joffre Cabral e Silva, uma ópera rubro-negra 
Presidente

Joffre Cabral e Silva, uma ópera rubro-negra 

Alex Mineiro, o G.O.A.T
Atacante

Alex Mineiro, o G.O.A.T