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Retorno ao Athletico

“Vovô”, reencontro com Felipão e estreia em julho: tudo sobre a volta de Fernandinho

Por
Luana Kaseker
27/06/2022 22:32 - Atualizado: 04/10/2023 20:21
Fernandinho volta a vestir a camisa do Athletico após 17 anos
Fernandinho volta a vestir a camisa do Athletico após 17 anos | Foto: Atila Alberti/ UmDois Esportes

É como diz o ditado e como o próprio presidente Mario Celso Petraglia definiu na volta de Fernandinho ao Athletico: "O bom filho a casa torna". Com contrato até o fim de 2023, o volante e ídolo atleticano vai encerrar sua carreira no Furacão e tem a intenção de seguir contribuindo para o clube nos bastidores.

Em entrevista coletiva de apresentação nesta segunda-feira (27), Fernandinho, 37 anos, falou que está realizando um sonho, disse que vai ser o "vovô" do elenco e que pretende passar toda a experiência adquirida na Europa aos jovens.

Além disso, comemorou o reencontro com Felipão e projetou estar à disposição para estrear a partir do dia 18 de julho, quando abre a janela internacional de transferências. Fernandinho assumiu e já vestiu a camisa 5.

Veja os trechos da entrevista de Fernandinho:

Conselheiro para os mais jovens

"Estou voltando para casa sabendo que tudo que eu fiz, aprendi na Europa, eu posso aplicar e ajudar o Athletico, tentar passar para os jovens que aqui estão. Saiu uma estatística mostrando que o Athletico é o clube mais jovem do Campeonato Brasileiro, com média de idade de 23 anos, então chega o vovô aqui para tentar ajudá-los a amadurecer, e que dentro de campo eles possam ser melhores do que são agora, que lá na frente vão colher ótimos frutos".

Sonho e marca pessoal

"Estou realizando um desejo pessoal, um sonho de voltar a vestir a camisa do Athletico. E estabelecendo uma marca, que é encerrar minha carreira jogando por apenas três clubes, dois da Europa e três do Brasil. Estou muito feliz. Recebi propostas de vários clubes diferentes, tanto do Brasil quanto fora, mas a decisão mais sensata foi voltar para casa".

Reencontro com Felipão

"A expectativa é boa. Estive trabalhando com o Felipão por pouco tempo. Apenas durante o Mundial, 40 dias. Foi um período muito intenso, obviamente que o resultado não foi o esperado. Mas a carreira do Felipão fala por si só. Vários títulos, campeão com a seleção brasileira e vem fazendo um ótimo trabalho aqui no Athletico. Eu venho acompanhando há um bom tempo o clube. Vi que com a chegada dele, o clube teve uma melhora muito boa, técnica, tática e o desenvolvimento dos jogadores foi bem notório. É um privilégio trabalhar com ele novamente e tenho certeza que essa parceria tem tudo para dar certo".

Felipão e Fernandinho no Athletico
Felipão e Fernandinho no Athletico

Experiência adquirida na Europa

"Não só o Guardiola, mas os outros treinadores que eu tive na Europa me ensinaram muitos valores. Desde a questão de comportamento, de você ter uma mentalidade vencedora, de ser disciplinado, sabendo que você vai ter dificuldades no percurso. Mas, com certeza, tudo que eu aprendi nesses 17 anos de Europa, com vários jogadores também, o que puder ajudar, principalmente os jovens".

Questão física e retorno aos gramados

"Eu fiz o último jogo da Premier League. Depois, tive um tempo de férias. Aproveitei com a minha família. Mas devo começar a treinar na próxima semana, fazendo uma mini pré-temporada para estar à disposição já no dia 18".

Expectativa de voltar ao Athletico

"Me sinto muito motivado. Meu número de jogos baixou nas últimas temporadas. Mas eu vi no Athletico a possibilidade de reencontrar essa alegria de estar dentro de campo. Nós chegamos a conversar, tive uma vontade muito forte de voltar já no ano passado, porque eu queria voltar e dar um retorno futebolístico para o Athletico dentro de campo, não somente pelo nome. Queria ter as condições de jogar em alto nível.
Mas é um momento diferente, é um contexto diferente, sabendo que vou integrar um grupo de jogadores jovens, vivendo um momento que, talvez, nos últimos três anos, o clube vem se portando melhor nas competições e eu voltando trazendo tudo que aprendi neste período. Estou com muita vontade e ansioso para voltar a jogar".

Motivos que corroboraram para a volta ao Athletico

"Minha escolha para voltar ao Athletico foi embasada em vários aspectos. Voltar para casa, para o clube que me revelou. Eu tinha esse desejo de jogar por apenas três clubes antes de encerrar minha carreira. Estou voltando para perto da minha família. O projeto do clube é muito grande e bom. Eu acompanhei durante todo esse tempo e, na questão de resultados, você vê que o clube cresceu muito mais desde a época em que eu estive aqui. E eu ouso em dizer que a forma que o clube é conduzido talvez seja a forma mais próxima de como os clubes da Europa são conduzidos. O clube não tem dívidas, não atrasa salários, os jogadores que estão aqui, muito foram vitoriosos em conquistas anteriores, ou saíram há pouco tempo, como o Nikão. É um clube que te dá uma estabilidade para trabalhar, tem uma estrutura fantástica, um estádio maravilhoso, tudo isso acaba sendo o mais próximo que vivi nos últimos anos. E quando eu coloquei tudo isso na balança, foi muito fácil essa decisão".

Calendário do futebol brasileiro

"Todos nós sabemos o quão difícil é o calendário brasileiro. Eu diria que o mais difícil não é o calendário em si, mas, com o país continental que temos, o mais difícil são os deslocamentos. Mas eu venho muito motivado. Mas tem que superar. O Athletico hoje tem uma questão de fazer viagens privadas e isso é uma coisa que favorece o time, reduz o número de lesões e, consequentemente, faz com que os jogadores atuem de forma melhor".

Encaixe no elenco atual

"Às vezes eu vejo meus jogos antigos e penso: 'acho que mudei meu estilo de jogo'. Mas talvez eu chegue para ser aquele jogador que vai tentar orientar os jogadores mais jovens que a tomada de decisão tem o momento certo, para se dar uma cadenciada. Então, a minha expectativa é essa, que eles têm o momento certo de dar o drible, que eles não se desgastem, mas não tentar tirar as características deles. A expectativa é muito grande de estar dentro de campo ao lado deles. Falei com o Vitinho, que estava na Ucrânia, temos alguns amigos e treinadores em comum, um menino muito gentil, bacana e eu já dei uma cobrada nele para que ele se recupere o mais rápido possível".

Novo capitão?

"A capitania vai muito além da questão de usar a braçadeira. Em um clube de futebol, não existe somente um capitão. Então, são vários jogadores que acabam tomando essa frente, essa posição, e capitaneando em diversas situações. Sem dúvida nenhuma, talvez eu serei o jogador mais velho do grupo e dentro daquilo que eu puder ajudar os jogadores, eu estarei à disposição".

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