Prestes a completar dez anos de instalação na Arena da Baixada, o gramado artificial do estádio do Athletico não está com os dias contatos para ser substituído por grama natural. É o que garante o próprio clube, em comunicado enviado pela assessoria de imprensa à reportagem do UmDois Esportes.
De acordo com a nota, o Furacão não vai substituir o gramado sintético, que tem certificação Fifa Quality Pro – a mais alta do nível internacional – por grama natural. O time também ressalta que não há estudos ou evidências de que o tapete prejudique o jogo ou mesmo eleve o risco de lesões.
O posicionamento do Rubro-Negro também menciona a realização de eventos além do futebol no estádio como importante fonte de renda. “A Arena da Baixada seguirá com gramado sintético, consolidando-se como referência em inovação, qualidade e sustentabilidade”, afirma o clube.
O debate sobre um eventual retorno à grama natural na Arena da Baixada ganhou força nesta quarta-feira (20), após o influenciador digital Paulo Roberto Oliveira, conhecido como Athletico M1l Gr4u, afirmar que o clube estuda internamente a troca do piso de jogo.
Segundo ele, “o clube já buscou consultoria especializada e até mesmo levantou um orçamento para a instalação de um novo sistema de drenagem, caso a mudança seja feita futuramente. A ideia é encontrar a melhor solução possível diante das particularidades do estádio, como o teto retrátil, que limita a incidência solar, e a presença de um rio canalizado sob a estrutura”.
Recentemente, o piso artificial do estádio do Athletico tem recebido críticas por suas condições e, inclusive, jogadores têm expressado descontentamento com o mesmo. O gramado aparenta estar bastante desgastado pelo uso intenso do estádio, em jogos e shows.
A última certificação do campo foi obtida em 7 de fevereiro de 2025 e tem validade até 6 de fevereiro de 2026, no mês em que a utilização do sintético completa dez anos na Arena.

Athletico foi pioneiro no sintético
A Arena da Baixada estreou seu gramado artificial em 24 de fevereiro de 2016, na vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma, pela Primeira Liga. Na época, o comentário era de que o campo teria uma durabilidade de dez anos, o que nunca foi confirmado oficialmente pelo clube.
A escolha atleticana, porém, sempre foi alvo de polêmicas. O gramado já foi considerado um fator favorável e alvo de reclamações dos adversários, com a alegação era de que o Rubro-Negro levaria vantagem por estar mais acostumado ao piso.
Outra crítica ao gramado sintético é um suposto aumento do risco de lesões. Mesmo sem uma comprovação científica, no início deste ano houve articulação de clubes contrários para que o uso do piso seja proibido no futebol brasileiro.
Após a iniciativa liderada pelo presidente Mario Celso Petraglia, outras equipe começaram a investir na troca de gramados naturais para artificiais. Casos do Allianz Parque, do Palmeiras, Nilton Santos, do Botafogo, e Arena MRV, do Atlético-MG, na Série A, por exemplo.
Confira a posição do Athletico sobre o gramado sintético
• O Athletico Paranaense não substituirá o gramado sintético por grama natural.
• O campo possui certificação FIFA QUALITY PRO, o mais alto nível internacional.
• Não há estudos ou evidências de que o gramado sintético prejudique o jogo ou aumente o risco de lesões.
• A tecnologia utilizada para gramado sintético evolui constantemente, acompanhando as melhores práticas mundiais.
• O gramado sintético permite a realização de diversos eventos além do futebol, gerando receitas relevantes para o clube.
• O clube permanece desenvolvendo projetos para melhoria da tecnologia do gramado e ampliação da capacidade para eventos.
• A Arena da Baixada seguirá com gramado sintético, consolidando-se como referência em inovação, qualidade e sustentabilidade.