Gestão

Sócios aprovam transformação do Athletico em clube-empresa

Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico

Em votação realizada nesta quinta-feira (11), os sócios do Athletico autorizaram o conselho deliberativo a implementar a mudança do clube para Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Esse é o primeiro passo para que o Athletico deixe de ser uma associação sem fins lucrativos se transforme em um clube-empresa. A votação terminou com 4.591 votos favoráveis e 540 contrários.

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Os clubes de futebol do Brasil estão autorizados a adotar o modelo de gestão SAF desde o início de agosto, quando o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei PL 5516/2019, chamada de Marco Legal do Clube Empresa.

Desejo antigo do presidente Mario Celso Petraglia, agora o Athletico poderá atrair fundos de investimentos, emitir títulos de dívidas e lançar ações na bolsa de valores. Pessoas físicas, empresas e fundos de investimentos poderão participar da gestão dos times.

Mas segundo Petraglia, o clube poderá vender no máximo 50% das ações para os investidores, mantendo os outros 50% sob controle.

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A FunCap (Fundação Clube Athletico Paranaense) será o órgão regulador da Athletico S.A, com poder de veto de projetos e acordos. A maior questão, neste caso, é como será a composição da FunCap, projeto criado em 2016, mas que efetivamente ainda não foi estruturado administrativamente.

Um dos argumentos da diretoria do Athletico para a rápida implementação do clube-empresa é sair na frente dos demais clubes para atrair investidores, e assim, dar um salto no patamar financeiro ao atrair parceiros.

Porém, um ponto negativo para clubes que estão estruturados financeiramente, como é o caso do Athletico, são os tributos. As associações sem fins lucrativos, modelo atual das equipes brasileiras, possuem benefícios e isenção fiscal. Já como S.A. , nos primeiros cinco anos, o Athletico pagará 5% sobre as receitas geradas, menos venda de atletas. E a partir do sexto ano, 4% sobre todas as receitas.

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No Brasil, outros clubes que já fizeram a transformação foram Cruzeiro, Botafogo e Chapecoense. No caso dos três, a mudança ocorreu por necessidade de reestruturação financeira na busca de investidores para sanar as dívidas milionárias. Times endividados também podem pedir recuperação judicial, com prazo de seis anos para pagamento de credores.

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