O lateral-esquerdo Renan Lodi, revelado pelo Athletico, deixou a o Al-Hilal, clube da Arábia Saudita, e retornou ao Brasil. O jogador de 27 anos entrou na Justiça e pede o encerramento unilateral do contrato com o clube arábe para

A decisão de Lodi foi motivada após ter sido informado que ele não seria inscrito na Liga Saudita. Com isso, ele iria atuar, no máximo, em seis jogos até dezembro.

“Teria somente a chance de atuar em pouquíssimos jogos, pela Champions Asiática. Essa situação me fez refletir sobre meu futuro. Ainda tenho muitos sonhos no futebol e não teria minutos suficientes nessa temporada. Durante as últimas semanas, tentei reverter essa decisão junto ao clube, para estar à disposição em todos os jogos do Al-Hilal”

“Mas nunca tive uma resposta sobre como essa situação poderia ser resolvida amigavelmente”, completa Lodi, em nota publicada nas redes sociais.

Com essa falta de resposta por parte do Al-Hilal, Lodi afirma que procurou assistência jurídica para buscar uma solução.

“Busquei assessoria jurídica e fui informado de que não posso ser privado de exercer a minha profissão”, apontou, além de afirmar que quer o julgamento do caso o mais rápido possível para que possa voltar a jogar “sem nenhuma restrição”.

O Al-Hilal confirmou que recebeu uma notificação oficial do advogado de Renan Lodi, mas que disse que vai defender seus direitos legais nas devidas sedes.

Lodi pode jogar por outro clube? Entenda a situação

Renan Lodi se despediu do Al-Hilal com 56 jogos oficiais, quatro gols e 11 assistências.

Agora ele aposta em um acerto com um novo clube para seguir atuando. Mesmo com o fim da janela de transferências no dia 2 de setembro, é possível que clubes brasileiros inscrevam novos jogadores em somente um caso: atletas que não tenham contrato até o fim da janela.

“Só é admitida a solicitação de transferência fora desses períodos caso seja comprovada a rescisão por mútuo acordo ou encerramento do contrato de trabalho desportivo no exterior antes do término do período de registro anterior, nos termos do art. 6º do FIFA RSTP, ou quando incidentes quaisquer outras exceções aplicáveis e vigentes conforme o referido”, diz o parágrafo do Artigo 47 do Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

No entanto, se escolher defender um clube brasileiro, Renan Lodi precisa definir rapidamente e só poderia atuar no Brasileirão. Isso porque a lista com 50 jogadores inscritos pode sofrer alterações até o dia 20 de setembro. Libertadores e Copa do Brasil não permitem mais a inscrição de novos atletas.

Contudo, caso isso não aconteça, a saída do Al-Hilal pode se tornar um problema pessoal. O jogador tem o sonho de ser convocado para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2026 e contestava críticos ao afirmar que existe preconceito com o futebol saudita.

Não é só Renan Lodi: brasileiros se revoltam no Al-Hilal

Renan Lodi e Marcos Leonardo durante o Mundial de Clubes. (Foto: Nathan Ray Seebeck-Imagn Images/Sipa USA/Icon Sport)

Além de Renan Lodi, outros dois brasileiros também perderam espaço no clube saudita desde a chegada do técnico italiano Simoni Inzaghi.

O atacante Marcos Leonardo, um dos atacantes do Mundial, também não foi inscrito no campeonato nacional e fracassou ao tentar ser emprestado ao São Paulo. Os dois perderam as vagas para os recém-contratados Theo Hernández, francês que estava no Milan, e Darwin Núñez, uruguaio que deixou o Liverpool.

Outro brasileiro incomodado é o jovem Kaio César, revelado pelo Coritiba. Aos 21 anos, ele foi informado que ficou na segunda lista para o Campeonato Saudita, que é destinada a jovens atletas (com máximo de 21 anos) que podem substituir algum dos oito estrangeiros. Ou seja, ele também vai receber menos oportunidades do que na última temporada, em que era um dos inscritos.

Renan Lodi viu jogo do Athletico ao lado de Petraglia

Lodi esteve em camarote da Baixada com Petraglia. (Foto: Geraldo Bubniak/Gazeta Press)

Renan Lodi aproveitou o período de férias após a disputa do Mundial de Clubes e assistiu do camarote da Arena da Baixada à partida do Athletico contra o Goiás, pela 16ª rodada da Série B, em julho.

Ele ficou no mesmo camarote que o presidente rubro-negro, Mario Celso Petraglia, com quem mantém ótima relação.

Vale lembrar que o jogador é uma das principais revelações do Furacão nos últimos anos e fez parte do time campeão da Sul-Americana de 2018 e da Copa do Brasil de 2019.

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