Athletico
Melhores e piores do ano

Quem foi bem? Quem decepcionou? Veja destaques positivos e negativos do Athletico em 2023

Por
Monique Silva
26/12/2023 16:45 - Atualizado: 26/12/2023 16:45
Bento, Vitor Roque, Fernandinho e Canobbio, do Athletico
Bento, Vitor Roque, Fernandinho e Canobbio, do Athletico | Foto: Átila Alberti/ UmDois Esportes

A temporada 2023 do Athletico já chegou ao fim e é hora de avaliar quem se destacou e quem decepcionou no elenco ao longo do ano. O Furacão foi campeão paranaense invicto, caiu nas quartas de final da Copa do Brasil (eliminado pelo Flamengo), deu adeus à Libertadores nas oitavas de final (eliminado pelo Bolívar) e ficou em oitavo lugar no Brasileirão, ficando com uma vaga na Copa Sul-Americana 2024.

O desempenho, no geral, não atendeu à expectativa do torcedor, que agora espera por boas notícias e dias melhores no ano de seu centenário.

O UmDois Esportes lista os melhores, os piores, a revelação e a surpresa de 2023:

Os melhores

Bento

O grande nome na meta rubro-negra. Paredão do Furacão, manteve a regularidade no ano, com grandes atuações debaixo das traves. Titular absoluto desde o ano passado, pegou cinco pênaltis (só ficou atrás de Cássio entre os times da Série A), impediu várias derrotas e salvou o Athletico em várias partidas com defesas de deixar o queixo caído. As jornadas inspiradas renderam convocação inédita à seleção brasileira (a primeira de Diniz), mas uma lesão acabou resultando em um corte inesperado. Porém, o goleiro voltou a ser chamado em novembro, após a saída de Ederson da lista.

Goleiro Bento em Athletico x Flamengo
Goleiro Bento em Athletico x Flamengo

Fernandinho

É o cara que organiza o time, lidera o grupo, passa segurança, dita o ritmo e dá dinâmica, uma espécie de treinador "de luxo" dentro das quatro linhas. Peça fundamental na engrenagem rubro-negra, Fernandinho é a personificação do sentimento do torcedor do Athletico em campo como capitão. Diferenciado, cerebral e inesgotável, joga sério, exala profissionalismo e tem uma visão de jogo ímpar. Fez 4 gols no ano, um em cada campeonato. O volante, que escolheu voltar ao time do coração, renovou contrato por mais um ano e será a diferença no ano do centenário, para a sorte (e alívio) da torcida.

Fernandinho, capitão do Athletico
Fernandinho, capitão do Athletico

Canobbio

Esbanja fôlego, mas falta pontaria. Com o uruguaio em campo sobra disposição, velocidade e entrega. Na individualidade, não fica devendo para ninguém. Briga por cada bola, é exemplar na marcação, intenso, ajuda na defesa, mas também desperdiça oportunidades na mesma proporção. Foi peça muito importante no ano, se firmou de vez no clube e fez a sua melhor temporada, mas precisa aprimorar o fundamento da finalização para voar de vez com a camisa rubro-negra. Marcou, ao todo, seis gols em 2023.

Canobbio fez seis gols em 2023, um deles no clássico Atletiba na Ligga Arena
Canobbio fez seis gols em 2023, um deles no clássico Atletiba na Ligga Arena

Vitor Roque

Já deixa saudades. O atacante foi o principal destaque da equipe atleticana na temporada. Terminou como o artilheiro da equipe no ano, com 21 gols, sendo 4 no Paranaense, 1 na Copa do Brasil, 4 na Libertadores e 12 no Brasileirão. Com faro de artilheiro, suas atuações resultaram em uma das maiores vendas do futebol brasileiro (falam em 74 milhões de euros), com sua transferência ao Barcelona. O garoto, que havia chegado em 2022 ao Rubro-Negro, terminou o ano com 45 partidas disputadas - só não jogou mais porque uma lesão no tornozelo tirou-o de atividade por dois meses.

Vitor Roque se despede do Athletico
Vitor Roque se despede do Athletico

A revelação

Léo Linck

Mais uma joia da fábrica de goleiros do CT do Caju. O goleiro foi uma das gratas surpresas ao longo da temporada. Ganhou sequência com as lesões de Bento, e foi destaque na meta principalmente nos jogos contra Fluminense e Atlético-MG, pelo Brasileirão. O jogador, que possui passagens pela seleção brasileira de base, é visto pelo clube como substituto natural de Bento, que já deixou claro o desejo de ser negociado com o futebol europeu. De olho no futuro, o Athletico se antecipou e renovou em julho com Léo Linck, ampliando o seu contrato até o fim de 2026.

Léo Linck segue como titular. Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes.
Léo Linck segue como titular. Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes.

As surpresas

Os argentinos Lucas Esquivel e Zapelli chegaram ao longo do ano e qualificaram a equipe atleticana. Primeiro foi Esquivel, que desembarcou no CT em maio, vindo do Unión de Santa Fe. Se firmou na equipe como titular depois que Fernando sofreu grave lesão o joelho. Forte na marcação e também podendo jogar como zagueiro, consegue fazer intervenções importantes no ataque. Foi convocado para a seleção da Argentina e mostrou que pode se soltar mais e ser ainda mais útil ao Furacão em 2024.

Depois veio Zapelli, em julho, contratado como joia do Belgrano (a segunda mais cara da história do Athletico) após a saída de David Terans. Assumiu a camisa 10, apresentou qualidade e visão, dando maior mobilidade ao meio-campo, e mostrou que pode ser mais participativo e render ainda mais na próxima temporada, agora já devidamente adaptado ao clube e com mais liberdade. Fez dois gols, contra Cuiabá e Grêmio

Zapelli comemora gol com Esquivel
Zapelli comemora gol com Esquivel

Os piores

A lista é grande. Entre os destaques negativos do ano estão desde o técnico Wesley Carvalho na beira do gramado, passando pelo zagueiro Matheus Felipe, o lateral-direito Bruno Peres, o volante Hugo Moura e o atacante Thiago Andrade, que foram os campeões em irritar a torcida e tirar a paciência durante o ano. Bruno e Thiago não terão o contrato renovado pelo Furacão, assim como Wesley Carvalho não estará mais no comando da equipe em 2024.

Thiago Andrade, que veio emprestado pelo New York City, disputou 16 jogos e não marcou nenhum gol. Seu pior momento quando foi a novidade na escalação titular contra o Bolívar, na derrota por 3 a 1 na altitude.

Bruno foi contratado em agosto, vindo do Trabzonspor, da Turquia, após a venda de Khellven, e estava há três meses sem jogar. Fora de forma, não conseguiu se firmar na equipe, muito menos fazer alguma sombra para Madson, e deixou o clube com apenas cinco jogos (apenas um como titular, no fatídico Atletiba).

Thiago Andrade e Bruno Peres, do Athletico
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