Opinião

Por que o milionário Athletico não tem dinheiro para um técnico de ponta?

O Athletico teve faturamento recorde na temporada 2023: mais de R$ 800 milhões, de acordo com cifras reveladas pelo presidente, Mario Celso Petraglia.

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Historicamente saudável financeiramente sob a gestão do cartola, o Furacão teve as cifras turbinadas pela venda de Vitor Roque, a resolução do acordo tripartite da reforma da Arena da Baixada e a venda dos naming rights do estádio, agora Ligga Arena.

Apesar disso, o Rubro-Negro sofre no mercado para encontrar um treinador para a nova e importante temporada, assinalada pelo centenário do clube.

É o único da Série A ainda sem técnico para 2024. E o principal candidato não anima: o espanhol Domenèc Torrent, mais conhecido por ter sido auxiliar de Pep Guardiola do que pelos trabalhos à beira do campo. Pior, o gringo ainda está enrolando um acordo.

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+ Confira a tabela do Athletico na Copinha

A resposta passa pelo próprio Petraglia. Um dos principais visionários do futebol brasileiro nas últimas décadas (para não dizer o principal), o mandatário guarda consigo uma visão para lá de ultrapassada sobre a função do treinador.

Ao menosprezar o cargo, o gestor vai na contramão do que há de mais moderno nos principais clubes do mundo. Não há um só projeto de sucesso no futebol contemporâneo de clubes que não passe pela figura central de um grande comandante.

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Escolhas de técnicos renomados, como Paulo Autuori e Felipão, demonstraram-se bem-sucedidas em passado recente, porém foram exceções.

Petraglia tem razão ao dizer que os valores pedidos são absurdos. O futebol atual supervaloriza gente medíocre. As boas opções são escassas. No entanto, este é o preço a se pagar para, finalmente, tornar o Athletico um clube grande dentro de campo, assim como já é fora dele.

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