"Escola de técnicos"

Por onde andam cinco apostas de Petraglia para técnico do Athletico

Mior, Carrasco e Soares: apostas de Petraglia no Athletico

O Athletico aposta no jovem técnico português, António Oliveira, para o comando do time principal em 2021. Com experiências como treinador em países periféricos, como Eslovênia e Kuwait, o europeu de 38 anos agora encara o maior desafio na curta carreira.

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Nascido em Lisboa, Oliveira é o mais novo aluno da “escola de técnicos” do CT do Caju, idealizada pelo presidente Mario Celso Petraglia. Não é de hoje, por sinal, que o mandatário inova na escolha do treinador rubro-negro.

Relembre cinco outras escolhas surpreendentes de Petraglia para o Athletico e saiba por onde andam no mundo da bola.

Casemiro Mior

Casemiro Mior comanda treino na Arena da Baixada pré-Copa. Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

O Athletico abriu 2005 apostando no absolutamente desconhecido Casemiro Mior, gaúcho que havia trabalhado por anos no South China, da extravagante liga de Hong Kong. Antes do Furacão, estava no Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal.

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O desafio era imenso: sob a desconfiança de todos, Mior comandaria o time na Libertadores. Mas já em abril acabou demitido, após somente 17 jogos. A queda veio após a derrota para o Coritiba, na ida da final do Paranaense.

Por onde anda?

A carreira não
decolou. Após o Furacão, Mior ainda treinou Avaí, Fortaleza e Ypiranga-RS, no
Brasil, além de Belenenses-POR e, novamente, o South China. Seu último trabalho
foi como treinador da base do Al Jazira, dos Emirados Árabes, em 2013.

Juan Ramón Carrasco

Carrasco voltou ao futebol do Uruguai após deixar o Furacão. Foto: Henry Milléo/Arquivo/Gazeta do Povo

Em dezembro de 2011 foi a vez do uruguaio Carrasco. O treinador tinha construído carreira no país natal, em times como River Plate e Nacional. Antes do Furacão, estava no Emelec, do Equador. Em 2003 e 2004, havia treinado a seleção do Uruguai nas Eliminatórias.

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Carrasco era o plano B do Athletico, que não conseguiu fechar com Paulo Roberto Falcão. Seis meses depois, o polêmico uruguaio foi demitido, após 36 partidas, quando a equipe capengava na Série B. Antes, havia sido vice-campeão estadual, perdendo para o Coritiba.

Por onde anda?

Após deixar o
Furacão, Carrasco encontrou abrigo novamente no Uruguai, de onde nunca mais
saiu. Treinou Danúbio e River Plate antes de chegar ao modesto Fénix, em 2018,
clube onde ainda está.

Miguel Ángel Portugal

O espanhol Miguel Ángel Portugal também durou pouco no Athletico. Foto: Hugo Harada/Arquivo/Gazeta do Povo

Em janeiro de 2014, novamente o Athletico surpreendia, desta vez com o espanhol Miguel Ángel Portugal. O ex-jogador somava passagens por times como Real Madrid-B, Racing Santanter-ESP e estava no Bolívar, da Bolívia, antes de chegar ao CT do Caju.

Além de
treinador, escrevia livros técnicos sobre futebol. Na prática, não deu certo.
Cinco meses depois de chegar, Portugal se demitiu, com o time a apenas um ponto
da ZR do Brasileirão. Foram somente 13 jogos no comando e uma eliminação precoce
na Libertadores.

Por onde anda?

Após deixar o Furacão, Portugal voltou ao Bolívar. Na sequência, treinou Valladolid e Granada, da Espanha, além de atuar no futebol indiano. Ele estava no Pune City, da Índia, antes de voltar à Bolívia, por Jorge Wilstermann e Royal Pari, de onde se demitiu em 2020.

Sérgio Vieira

Sérgio Vieira foi outra aposta que não vingou no Athletico. Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo/Gazeta do Povo

Os fracassos com Carrasco e Portugal não impediram Petraglia de apostar, em 2015, no igualmente desconhecido Sérgio Vieira. Em setembro daquele ano, o português assumiu o time como interino, após a demissão de Milton Mendes.

Vieira ainda
alternaria entre as equipes principais e sub-23, e também treinaria a
Ferroviária, então parceira do Athletico. Mas o ambicioso português acabaria
nunca emplacando na Arena da Baixada.

Por onde anda?

Além da Ferroviária, Sérgio Vieira ainda treinaria América-MG e São Bernardo, sem sucesso, antes de voltar a Portugal, treinando equipes modestas como Moreirense, Famalicão e Farense, seu último clube.

Fabiano Soares

Fabiano Soares falava um idioma particular no Athletico. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

“Impressionante”. De cada cinco palavras proferidas por Fabiano Soares no Athletico, uma delas era essa. Em julho de 2017, o Furacão surpreendia de novo. Ex-jogador com carreira na Espanha, Soares só havia dirigido o Estoril, de Portugal, antes de assumir o Rubro-Negro.

No fim daquele
mesmo ano, Soares seria demitido com o pior aproveitamento no clube nos últimos
seis anos: 42,8% dos pontos, entre Série A, Copa do Brasil e Libertadores,
disputa em que o Furacão caiu nas oitavas de final, para o Santos, na Vila
Belmiro.

Por onde anda?

Após o Athletico, Soares teve dificuldades em emplacar seu engenhoso léxico, que misturava o português ao espanhol, com uma pitada de português de Portugal, em outros clubes. Treinou apenas o Jeonnam Dragons, da Coreia do Sul, em 2019.

Posição de honra

Matthäus conversa com meia Fabrício. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

O alemão Lothar Matthäus não poderia faltar. Personalidade mundial, o ex-meia tem perfil diferente dos demais dessa lista. Mas sua chegada ao Athletico em 2006 não foi menos surpreendente que as demais apostas do Furacão.

A bombástica passagem de Matthäus foi notícia mundial e está para sempre marcada na história do futebol paranaense, apesar de ter terminado de forma polêmica e com pouco sucesso. Hoje, 15 anos depois, virou folclore.

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