O empresário Jerry Jones, dono do Dallas Cowboys, tradicional clube de futebol americano, foi multado pela NFL em US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão) por ter mostrado o dedo do meio para torcedores. A decisão foi o oposto da tomada pelo Athletico, que não puniu o presidente Mario Celso Petraglia pelo mesmo gesto para a torcida na Arena da Baixada.

O caso aconteceu no último domingo (5) durante a vitória de seu time sobre o New York Jets por 37 a 22.

Jones tentou explicar a situação, admitiu o erro com o gesto obsceno e disse que o objetivo era fazer um “joinha” para os torcedores do Dallas Cowboys. “Havia uma multidão de torcedores dos Cowboys na frente. Foi logo depois do nosso último touchdown. Levantei o dedo errado. A intenção era fazer um sinal de positivo”, afirmou, em entrevista à Rádio 105.3 Fan, de Dallas.

Athletico não puniu Petraglia pelo mesmo gesto

Diferentemente da NFL, o Athletico inocentou o presidente Mario Celso Petraglia pela mesma atitude durante jogo do Campeonato Paranaense, no final de janeiro.

O episódio foi alvo de uma representação formal da Associação Nosso Atlético, que foi rejeitada pela Câmara de Ética do clube. O documento foi assinado por Edison Eduardo Borgo Reinert, presidente da Câmara, em agosto.

No fim de janeiro, o dirigente rebateu xingamentos e insultou os torcedores com gestos obscenos em um dos camarotes da Ligga Arena. O episódio aconteceu após o empate diante do Cianorte,  pela sexta rodada do Campeonato Paranaense. Depois do apito final, Petraglia foi alvo de manifestações da torcida organizada Os Fanáticos, com pedidos para deixar o Furacão. Os protestos têm sido frequentes desde o rebaixamento e se mantém nesta temporada.

Na avaliação da Câmara de Ética, o gesto obsceno é comum em manifestações e nos estádios. Além disso, destacou que Petraglia tem a mesma condição básica dos outros associados, o que lhe garante liberdade individual.

“A conduta relatada — a utilização do gesto popularmente conhecido como “dedo do meio” —, dissociada de violéncia, ameaça ou dano, é absolutamente comum e reiteradamente verificada em ambientes esportivos e manifestações públicas, sendo também frequente em discussões privadas, sobretudo no ambiente do estádio, onde as emoções estão à flor da pele”, apontou Reinert.

“Suspender um sócio por este motivo abriria precedente muito subjetivo e perigoso, tornando punível qualquer expressão corporal que venha a desagradar a outro grupo de torcedores — o que poderia incluir gritos, gestos, canções ou manifestações visuais”, completou.

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