Presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, avaliou positivamente a temporada de 2023 do clube.
“Este ano foi espetacular para o Athletico. Se deixarmos de lado o futebol”, analisou o mandatário, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (27), na Ligga Arena.
Petraglia citou a resolução da dívida do acordo tripartite, decorrente da reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014, e um faturamento milionário para amparar a análise do ano do Furacão.
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“A nossa dívida chegou a R$ 1 bilhão. Perderíamos estádio, CT, todo o patrimônio do clube”, explicou o cartola, sobre o acordo tripartite.
“Me obrigou a ficar aqui, por uma questão de compromisso, que eu não poderia abandonar sem uma solução”, reforçou, antes de elogiar o faturamento rubro-negro na temporada, turbinado pela venda milionária do atacante Vitor Roque para o Barcelona.
“O Athletico ficou muito grande. É uma empresa de média para grande. Com a venda de alguns jogadores, principalmente o Vitor Roque, mais o acordo tripartite, naming rights da Ligga Arena, devemos faturar mais de R$ 800 milhões este ano”, prosseguiu.
Saída de Felipão, erros no futebol e a busca por novo técnico
Por outro lado, Petraglia admitiu os erros do Furacão no planejamento do futebol, citando como fator principal a saída de Felipão para o Atlético-MG no decorrer da temporada.
“Não teve nem a simplicidade de me dar um telefonema dizendo que sairia do Athletico. Simplesmente nos deixou e assumiu o Atlético-MG, com condições financeiras infinitamente melhores”, revelou, citando que Felipão receberia quatro vezes mais no Galo.
“Isso nos tirou do prumo. E o Wesley já conhecia a nossa estrutura, jogadores. Optamos por dar uma oportunidade para ele. O nosso planejamento era com o Felipão. Para contratarmos um novo técnico, preferimos prestigiar o nosso auxiliar”, prosseguiu.
Por fim, Petraglia confirmou as buscas por um novo técnico e um diretor de futebol para 2024, ano do centenário do clube.
“Estamos estudando e vamos trazer um treinador à altura daquilo que pretendemos e vamos projetar para 2024″, disse o gestor, citando, no entanto, as dificuldades financeiras na busca pelo profissional. É uma questão muito difícil. Aqueles medalhões querem ganhar R$ 1 milhão por mês”, disse.
Por fim, Petraglia citou na sequência as figuras de Paulo Autuori, e depois o próprio Felipão, como inspirações na busca por um novo diretor.
“Na estrutura do nosso organograma, vai ter este diretor técnico. Estamos oxigenando o clube. E o Alexandre Mattos tem essa responsabilidade de trazer jogadores para formar o nosso time em um preço mais barato possível”, completou.